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Brasil

Sobe o percentual no Norte e Centro-Oeste dos que acham que a economia piorou, aponta pesquisa da CNI

As maiores expectativas de aumento no nível de preços estão pessoas das regiões Norte e Centro-oeste (55%, esperam um aumento no nível de preços dos produtos que consomem nos próximos seis meses).

No Norte e Centro-Oeste, o percentual dos entrevistados que considera boa ou ótima a situação atual da economia caiu para 23% e a avaliação de que está ruim ou péssima subiu para 44%. É o que aponta a última pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira – Economia e População, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta terça-feira (24/10).

A pesquisa mostra que 24% da população considera boa ou ótima a situação atual da economia, 36% afirmam que a situação é regular e 38% dizem que a situação é ruim ou péssima.

A percepção varia conforme a região. No Nordeste, 32% afirmam que o desempenho da economia está ótimo ou bom e 30% ruim ou péssima. No Sudeste, 20% marcaram ótima ou boa e 39% assinalaram ruim ou péssima. O Sul tem a pior percepção: a avaliação de 18% da população é de que a economia está ótima ou boa e 43% afirmam perceber a economia como ruim ou péssima.

De acordo com a pesquisa, a economia brasileira vai melhorar nos próximos seis meses na avaliação de 53% dos brasileiros acima de 16 anos. Para 22% da população, a situação tende a piorar e 21% acreditam que nada deve mudar. Foram ouvidas 2.004 pessoas nas 27 Unidades da Federação, entre 14 e 19 de setembro de 2023.

Para 46% dos entrevistados, o nível dos produtos que eles consomem deverá aumentar nos próximos seis meses. As maiores expectativas de aumento no nível de preços estão pessoas das regiões Norte e Centro-oeste (55%, esperam um aumento no nível de preços dos produtos que consomem nos próximos seis meses) e Sul (52%), entre os entrevistados de 16 a 24 anos (53%) e pessoas com ensino médio (50%).

Quanto as taxas de juros das compras parceladas ou das dívidas, 39% dos respondentes esperam que elas aumentem nos próximos seis meses. Entre os diferentes cortes da população, os que apresentaram os maiores percentuais foram pessoas que moram na região Norte e Centro- oeste (49% esperam que as taxas aumentem nos próximos seis meses), de 25 a 40 anos (45%), que ganham até 1 salário-mínimo (44%) e pessoas com ensino médio (43%).

Quanto ao desemprego entre as pessoas do convívio do entrevistado, 30% acham que irá aumentar nos próximos seis meses. Analisando cada faixa dos diferentes recortes da população, os grupos que estão mais pessimistas com relação a situação do desemprego entre as pessoas do seu convívio são moradores da região Norte e Centro- oeste (39%), trabalhadores que recebem até 1 salário-mínimo (36%), pessoas que possuem ensino superior (33%) e com idade de 41 a 59 anos (33%).

Para 29% dos brasileiros, haverá aumento da pobreza na região e nos ambientes que eles frequentam nos próximos meses. Segregando por cortes da população, os que o percentual superou o percentual nacional foram: moradores das regiões Norte e Centro-oeste (40% creem que a pobreza irá aumentar nos próximos seis meses); pessoas com renda de até 1 salário-mínimo (33%); de 2 até 5 salários-mínimos (32%); e pessoas com ensino superior (31%).

Apesar da avaliação menos positiva sobre o momento atual da economia, 45% da população considera que a situação já foi pior. Este é o percentual de brasileiros que afirmam que a economia melhorou nos últimos seis meses. E, entre os que consideram a situação da economia atual como ruim ou péssima, 17% avaliam que ela está melhor do que no primeiro trimestre.

Para 49% dos brasileiros, os preços dos produtos consumidos por eles aumentaram, no entanto, 32% consideram que os preços diminuíram e 18% disseram que está igual nos últimos seis meses. A expectativa é de aumento de preços nos próximos seis meses para 46% da população, enquanto 29% acreditam que a inflação vai começar a cair.

Além disso, 48% dos entrevistados afirmam que as taxas de juros de suas compras ou de suas dívidas aumentaram nos últimos seis meses e 9% disseram que caíram. A projeção para os próximos seis meses para 39% da população é de aumento nos juros dos financiamentos pessoais, enquanto 24% avaliam que os juros devem cair.

Os dados mostram que 33% da população afirma que o desemprego aumentou entre as pessoas próximas nos últimos seis meses, 41% disseram que a situação permanece igual e 22% afirmam que o desemprego diminuiu. A expectativa é de que o desemprego aumente para 30% dos entrevistados e que caia para 31%.

A percepção de aumento da pobreza na região e nos ambientes em que 32% dos entrevistados frequentam se expandiu nos últimos seis meses, permaneceu igual para 49% dos brasileiros e caiu 26%. Para os próximos seis meses, 29% dos brasileiros afirmam que a pobreza ao seu redor vai aumentar e outros 29%, o mesmo percentual, acreditam que a pobreza será menor.

As entrevistas da pesquisa foram feitas pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI), com 2.004 pessoas com idade a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação, entre 14 e 19 de setembro de 2023. A margem de erro no total da amostra é de 2 ponto percentuais., com intervalo de confiança de 95%.


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