Amazonas
Manauaras gastam, em média R$ 42,85 para almoçar fora de casa, aponta pesquisa nacional
A pesquisa aconteceu entre junho e agosto de 2023, em 4.516 estabelecimentos comerciais, 22 estados e o Distrito Federal.
Manauaras ou trabalhadores que atuam na cidade de Manaus gastam, em média, R$ 42,85 para almoçar diariamente fora de casa. O valor é o 11º mais caro do país. Os dados são de uma pesquisa da Mosaiclab, empresa de inteligência de mercado. A média nacional é de R$ 46,60.
Em comparação com o ano passado, a nível nacional, a variação foi de 14,7%. Florianópolis, capital de Santa Catarina, registrou o preço mais alto: o prato sai por uma média de R$ 56,11.
A pesquisa aconteceu entre junho e agosto de 2023, em 4.516 estabelecimentos comerciais, 22 estados e o Distrito Federal. No total, foram coletados 5.470 preços de pratos em todo o Brasil, em estabelecimentos que servem refeições no horário do almoço, de segunda a sexta-feira.
Para calcular o preço médio a pesquisa considerou quatro categorias (a la carte, executivo, self-service e prato feito) de uma refeição completa composta por: prato principal, bebida não alcóolica, sobremesa e café. A região Sudeste é a que apresenta o preço médio mais elevado do país: R$ 49,33.
E a refeição pesa no orçamento mensal. De acordo com o IBGE, o salário médio no país era de R$ 2.921 na data em que a pesquisa foi iniciada. Isso significa que, para se alimentar com uma refeição completa na hora do almoço, o trabalhador precisa desembolsar R$ 1.025,20 mensalmente, o equivalente a 35% do salário médio.
Uma série de fatores contribuíram para o aumento de preços na pesquisa deste ano, pondera Ricardo Contrera, sócio-diretor da Mosaiclab.
Nos últimos meses, houve aumentos dos preços da gasolina e do gás de cozinha que subiram cerca de 5% somente em julho. Foram aprovados ainda novos aumentos para a energia elétrica neste ano.
O cenário econômico pós-pandemia também se reflete nos preços. O retorno ao trabalho presencial elevou os aluguéis comerciais e os custos para as empresas do setor, avalia Contrera.
“ Na pandemia, boa parte dos estabelecimentos ficaram fechados, atendendo basicamente via delivery. Muitos reduziram seu quadro de pessoal, mas tiveram que arcar com novos custos e as altas taxas de entrega”, disse Contrera. Segundo ele “a volta aos escritórios e o retorno do atendimento presencial, que envolvem manutenção do espaço físico, recontratação de profissionais para o atendimento e até ações de marketing, exigiram novos investimentos por parte dos estabelecimentos”.
Veja os preços por capital:
Florianópolis (SC) – R$ 56,11
Rio de Janeiro (RJ) – R$ 53,90
São Paulo (SP) – R$ 53,12
Natal (RN) – R$ 51,86
Recife (PE) – R$ 49,13
Maceió (AL) – R$ 48,84
Vitória (ES) – R$48,79
Palmas (TO) – R$ 47,79
Salvador (BA) – R$ 46,43
Curitiba (PR) – R$ 43,42
Manaus (AM) – R$ 42,85
Cuiabá (MT) – R$ 42,63
João Pessoa (PB) – R$ 42,52
Brasília (DF) – R$ 41,45
São Luiz (MA) – R$ 40,50
Aracaju (SE) – R$ 39,68
Fortaleza (CE) – R$ 37,55
Porto Alegre (RS) – R$ 37,20
Belém (PA) – R$ 36,94
Goiânia (GO) – R$ 33,33
Teresina (PI) – R$ 33,22
Belo Horizonte (MG) – R$ 32,69
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