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Amazonas

Globo News critica turismo de Wilson Lima a Israel quatro dias após o massacre

A viagem foi criticada pelo secretário-geral da Associação Contas Abertas, Gil Castelo Branco, que disse: “Se o Estado não precisa do governador numa hora dessa, um fato tão grave, vai precisar quando, né?”.

A Globo News informou, no início da noite desta quarta-feira, que o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), fez uma viagem particular, de quatro dias, a Israel, quatro dias após um massacre que deixou mais de 55 mortes nos presídios de Manaus. A matéria diz que o governador já passou 40 dias viajando, inclusive a trabalho, para fora do Estado.

Em reportagem de Marcelo Gomes e Mariana Queiroz, a Globo News informou que fez um levantamento no Portal da Transparência do governo do Amazonas. Como foram viagens oficiais, o governador já recebeu mais de R$ 100 mil em diárias. Na lista de destinos, um chamou a atenção dos repórteres: Wilson Lima embarcou para Israel no dia 31 de maio. Segundo a matéria, dessa vez, sequer a viagem era oficial. Era particular.

O governador viajou, segundo a reportagem, acompanhado da esposa, o pastor Everaldo, presidente do PSC e da esposa do pastor.

A viagem foi criticada pelo secretário-geral da Associação Contas Abertas, Gil Castelo Branco, que disse: “Se o Estado não precisa do governador numa hora dessa, um fato tão grave, vai precisar quando, né?”.

A Secretaria de Comunicação do Governo (Secom) informou que o governador Wilson Lima foi a Israel, atendendo convite do PSC.

Na volta da viagem, o governador foi criticado pela comunidade palestina, por ter comparado a luta histórica com Israel com o narcotráfico.

Nesta quarta-feira, Wilson Lima recebeu o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, e tentou se redimir. “O Brasil é um país da paz. No Amazonas, embora tenhamos uma grande luta contra questões como a violência e o tráfico de drogas, nossa cultura é de paz. Entendo que as questões territoriais envolvendo a Palestina e Israel são muito particulares. O Amazonas não tem o direito de opinar, é uma questão que tem que ser resolvida pelos organismos internacionais”, disse.

Veja o vídeo:

 


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