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Amazonas

Deputado diz que Complexo Zona Norte recebeu o dobro de recursos dos hospitais João Lúcio e 28 de Agosto

Segundo Wilker Barreto, o Complexo Hospitalar Zona Norte (Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz e o Pronto Atendimento Campos Sales), recebeu R$ 420.477.818,93.

O deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) disse, na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), nesta quarta-feira (13/04) que o Complexo Hospitalar Zona Norte, que compreende o Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Campos Sales, recebeu do governo do Estado, desde 2022 “até o presente momento”, R$ 420.477.818,93. Segundo ele, o valor é mais que o dobro da soma dos valores destinados aos hospitais Dr. João Lúcio e 28 de Agosto, consideradas as duas maiores unidades hospitalares que oferecem atendimento em urgência e emergência no Estado.

Segundo o deputado, os números mostram que “o colapso na saúde pública do Amazonas é resultado da má aplicação do dinheiro público e a falta de gestão por parte da Secretaria de Estado de Saúde (SES)”.

Ele disse que o HPS João Lúcio, no bairro São José 1, que é referência em neurologia e politraumas na região Norte, teve dotação orçamentária autorizada, de 2022 até o momento, de R$ 55.994.374,58. Já o 28 de Agosto, no bairro Adrianópolis, que atende traumas ortopédicos, urologia e é o único que possui um Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) no Norte do país, recebeu R$ 94.920.952,75 no mesmo período. Juntas, as duas unidades que concentram os maiores fluxos de atendimentos totalizam R$ 150.917.349,33, afirmou.

Barreto considera que a comparação dos valores evidencia “a malversação do dinheiro público na Saúde”. E disse que o governo pagou R$ 269.560.469,60 a mais à Organização Social (OS) Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), que gerencia o complexo do Delphina Aziz, que “não funciona como porta de entrada para urgência e emergência e realiza apenas atendimento de média e alta complexidade”.

Para Barreto, a má aplicação dos recursos destinados à rede pública de saúde vem culminando, de forma indireta, em mortes de pacientes devido à ausência de investimentos para solucionar problemáticas enfrentadas pela população nos hospitais como falta de medicamentos, filas de espera de pacientes aguardando cirurgias, equipamentos quebrados, estruturas precárias, entre outros problemas.


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