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Amazonas

Secretaria de Educação informa que o Amazonas não terá desfile cívico estudantil no 5 de setembro, dia do Estado

O governo mudou a data do feriado para a sexta-feira (08/09), alegando que a folga, que cai em uma terça-feira, prejudicaria a execução de serviços públicos.

A Secretaria de Educação do do Amazonas (Seduc) informou ao site G1 Amazonas que não este ano não haverá o tradicional desfile cívico estudantil no dia 5 de setembro, data da emancipação do Estado. Segundo a Seduc, na data, os alunos terão aulas como em qualquer outro dia da semana.

O evento era realizado no Sambódromo de Manaus, em comemoração à Elevação do Amazonas à categoria de província, e reunia estudantes de diversas escolas públicas do estado. No entanto, neste ano, o governo mudou a data do feriado para a sexta-feira (08/09).

A Seduc informou que, desde 2019, as escolas estaduais não desfilam no Sambódrom no Dia 5 de Setembro, realizando suas atividades nas próprias unidades de ensino. A medida, segundo a pasta, permite que todos os alunos participem das comemorações. “Dessa forma, a Secretaria permite que todos os alunos da rede participem da programação, enquanto nos desfiles militares apenas 11 mil participavam”, informou.

Ainda segundo a Seduc, cada escola deverá realizar sua programação na data. “Em alusão à Semana da Pátria, cada escola da rede estadual de ensino, na capital e interior, irá realizar sua programação cívico-militar, seguindo o calendário escolar, com hora cívica, apresentações internas, entre outras atividades didáticas pedagógicas promovidas nas dependências das unidades de ensino”, explicou.

O dia 5 de setembro foi escolhido para celebrar a região amazônica como homenagem à data em que foi criada a Província do Amazonas, em 1850, por D. Pedro II, nos termos da Lei nº 582, de 5 de setembro de 1850.

Nessa mesma data, em 1850, a antiga capitania de São José do Rio Negro, como era chamado o Amazonas, deixou de pertencer à Província do Grão Pará e se tornou independente.

Na época do Segundo Reinado no Brasil, de 1840 a 1889, no governo de Dom Pedro II, as grandes divisões administrativas eram chamadas de províncias. Somente com a Proclamação da República, há quase 128 anos, em 15 de novembro, houve a mudança de província para estado.

Um dos fatos mais importantes desse período foi a abertura da navegação do Amazonas ao países amigos. Naquela período, o governo imperial não permitia que navios estrangeiros andassem nessa área por várias questões econômicas, por causa do ouro, da borracha, das plantas da Amazônia. Muitas mudas foram contrabandeadas para outros países, a borracha também. Com a instalação da província, houve uma evolução do Amazonas, uma abertura, com a vinda de produtos estrangeiros para cá e a ida de produtos da região para fora.

Um dos nomes mais lembrados no 5 de setembro é o de João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha, primeiro presidente da província do Amazonas. Ele foi uma das pessoas que mais lutou pela independência da região, junto com dom Romualdo Antônio de Seixas, deputado e bispo católico que defendeu por diversas vezes a autonomia em discursos na tribuna da Assembleia Geral do Império.

Outra personalidade da época e apoiador de Tenreiro Aranha foi Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, que prestou grande contribuição à indústria local e do país. Geraldo dos Anjos destaca a importância de se manter viva essa história.


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