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Bolsonaro pede estudos para criar ‘zona franca’ na Ilha do Marajó, no Pará

A declaração de Bolsonaro foi feita durante lançamento do programa Abrace o Marajó, no Palácio do Planalto.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira, 3, que pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, estudos para conceder incentivos fiscais para negócios na Ilha de Marajó, no Pará. “Seria algo como uma Zona Franca de Marajó. Tenho certeza que alguma coisa sairá”, afirmou o presidente.

A declaração de Bolsonaro foi feita durante lançamento do programa Abrace o Marajó, no Palácio do Planalto. O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), havia cobrado no mesmo evento que o governo federal retirasse impostos sobre a região, como já teria feito o governo estadual.

Bolsonaro voltou a afirmar que a dificuldade para construir o Linhão do Tucuruí, obra que melhoraria o abastecimento de energia na região, é resultado de demarcações “sem responsabilidade” de terras indígenas e quilombolas. Ele disse que as terras foram delimitadas em gestões passadas para atender a interesses estrangeiros.

No evento, Bolsonaro disse que é satisfatório comandar governo “onde toda semana temos boas notícias” e que, em 14 meses, não foi atingido por “denúncia qualquer sobre corrupção”. O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), porém, foi denunciado no ano passado por suposto uso de candidaturas laranjas na campanha eleitoral passada.

Segundo o governo, o programa propõe “melhorar o IDH dos municípios da região” da Ilha do Marajó “a partir da ampliação do alcance e do acesso da população marajoara aos direitos humanos”. Foram firmados acordos com BNDES, Caixa e Banco do Brasil.

“Vamos cuidar de preservação (da floresta na região), mas também de quem vive lá e esteve invisibilizado durante séculos. Esse povo vai ser cuidado”, disse a ministra da Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.

Segundo a ministra, a ideia do governo é “acabar” com a exploração sexual e agressão de mulheres na região. “Mando recado aos agressores de mulheres: acabou para vocês, o barquinho cor de rosa está chegando”, disse, referindo-se a um barco que irá circular na região para atender a população.

“Quem é esse pedaço de terra chamado Marajó, que pouco ouvimos falar sobre ele, como outras tantas e tantas regiões pelo Brasil? É um pedaço de terra do tamanho do estado do RJ, que tem uma população semelhante ao estado de Roraima, que também, até o momento, prezado almirante Bento, nosso ministro de Minas e Energia, está sofrendo por conta da construção do Linhão. Mas isso só não é uma realidade ainda porque, no passado, não tiveram responsabilidade quando demarcaram à vontade e em favor de interesses internacionais grandes reservas indígenas e uma quantidade enorme de quilombolas. Estamos lutando contra isso. Não para abandonar o nosso índio ou o quilombola, mas para integrá-lo à sociedade e ao fazer tal medida, nós possamos levar o progresso para todas as regiões do Brasil”, disse o presidente.


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