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Sindicalistas suspeitam que material pedagógico que vai custar R$ 45 milhões ao governo do AM não chegará às salas de aula

Sindicalistas analisam gastos da Secretaria de Educação do Amazonas.

A Secretaria de Estado de Educação e Desporto publicou dois termos de contratos, sendo um deles por inexigibilidade, no valor global de R$ 45,4 milhões, para a aquisição de materiais didáticos a serem distribuídos a alunos e professores da rede estadual. Sindicalistas que representam os docentes questionaram se de fato o material pedagógico chegará às salas de aula.

A presidente Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), Ana Cristina Rodrigues, ressaltou que o material que está sendo empenhado neste momento dificilmente chegará em sala de aula até o fim do ano letivo. “Nós não somos contra a compra de livros didáticos para alunos. Entretanto, me preocupa que esse material não chegará a tempo. E mesmo que chegue, os alunos não vão poder consumir e nem os trabalhadores, profissionais de sala de aula. Porque já estão utilizando um outro material e não haverá tempo disponível para isto”, comentou Ana Cristina. “De qualquer forma fica um gasto excessivo e às vezes um pouco desnecessário”, completou.

O coordenador de Comunicação do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (AspromSindical), Lambert Melo, disse que a secretaria compra os materiais pedagógicos que não vão para salas de aula. “Infelizmente, desconfiamos que a Seduc é apenas um balcão de negócios, onde o dinheiro público sai dos cofres públicos e vai para as empresas privadas, mas os materiais não aparecem”, criticou o sindicalista.

Contratos

Alegando inexigibilidade de licitação, a Seduc vai pagar R$ 21,8 milhões para a empresa Movimenta Editora S.A. pela aquisição de acervo bibliográfico nacional constituído de livros, 570 mapas, sendo 72.217 coleções para alunos e 570 unidades para professor.

A Secretaria de Educação contratou também a empresa Poranduba Consultoria Educacional Eireli para a aquisição de livros destinados aos alunos da Educação de Jovens e Adultos do 1°, 2° e 3° segmento da EJA Fundamental e Ensino Médio das escolas da rede pública estadual da capital e do interior. No total serão 158.000 livros destinados aos alunos e 5.295 livros para professores que custarão aos cofres públicos R$ 23,5 milhões.


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