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Polícia Federal realiza operação contra ex-membros da alta cúpula do governo do Amazonas

Operação cumpre mandados em endereços de ex-secretários envolvidos em denúncia de crime eleitoral em Parintins

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A Polícia Federal (PF) mobilizou viaturas para o cumprimento de mandados judiciais em endereços de ex-secretários, ex-diretor de estatal e oficiais da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), denunciados pela coligação do candidato Mateus Assayag (PSD) como suspeitos em planejamento de ações para interferir na escolha do prefeito de Parintins, em benefício da candidata adversária, Brena Dianná (UB).

Os denunciados são os ex-secretários Fabrício Rogério Cyrino Barbosa e Marcos Apolo Muniz de Araújo, o ex-diretor-presidente da Companhia de Sanaemento do Amazonas (Csama), Armando do Vale, o ex-comandante da Rocam/Polícia Militar, tenente-coronel Jackson Ribeiro dos Santos, e o capitão Guilherme Navarro Barbosa Martins, do Comando de Operações Especiais.

O grupo foi exonerado no fim da tarde desta quarta-feira (2) após serem denunciados em um vídeo apresentado pela coligação em que aprecem em uma reunião suspeita de favorecer a candidata . A medida foi tomada em resposta a recomendações do Ministério Público do Estado (MPAM), que abriu um Inquérito Civil para investigar o caso.

O vídeo de agosto deste ano, que está sendo investigado pelo MPAM, mostra uma reunião entre secretários de governo supostamente planejando ações que poderiam interferir nas eleições de Parintins.

De acordo com a PF, a Operação Tupinambarana Liberta, tem o objetivo de “combater crimes de associação criminosa, corrupção eleitoral, abolição do estado democrático de direito, utilização de violência para obter votos e impedir o exercício de propaganda eleitoral”.

A operação mobiliza aproximadamente 50 policiais federais que cumprem cinco mandados de busca e apreensão em locais identificados durante as investigações em Manaus.

O objetivo da operação, segundo a PF, é desarticular associação entre membros de facção criminosa e agentes públicos, os quais entraram em conluio visando a prática de crimes eleitorais em prol de uma candidatura na cidade de Parintins (AM). A investigação demonstrou que foram utilizadas estruturas de estado, inclusive, de forças policiais para benefício de uma chapa concorrente à Prefeitura de Parintins.

Além dos mandados de busca, a Justiça Eleitoral determinou a proibição do acesso dos investigados à cidade de Parintins e a proibição de contato dos investigados entre si e com coligações partidárias do referido Município.

A Superintendência Regional da Polícia Federal providenciou, esta semana, o aumento do efetivo policial no município de Parintins visando garantir a segurança do pleito na cidade, bem como a liberdade da população para exercer livremente o direito democrático ao voto.

Sobre a investigação:

A PF informou, na manhã desta quinta-feira, que investigação foi iniciada em razão de notícia de fato apresentada pelo Ministério Público Eleitoral em Parintins à Polícia Federal em 16/9/2024. E diz que durante as investigações, surgiram indícios de ameaças de líderes comunitários ligados a uma facção criminosa nacional de tráfico de drogas proibindo o acesso de candidatos à prefeitura a certos bairros, bem como vedação de circulação em determinadas localidades.

Aliado a isso, foram colhidos indícios acerca da possível inércia de agentes públicos para coibir tais ameaças em prol de uma candidatura à Prefeitura de Parintins. As ações coordenadas do grupo criminoso teriam promovido a espionagem de pessoas ligadas a um grupo político do município e também monitorado o deslocamento de policiais federais com a finalidade de frustrar a atuação da Polícia Federal.

Em data recente, diz a nota da PF, jornais publicaram vídeos que demonstram autoridades públicas articulando para influenciar diretamente nas eleições da cidade de Parintins, mediante diversas condutas escusas e formas ilegais de atuação.

A operação conta com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar no Estado do Amazonas no acompanhamento da execução em face dos policiais militares envolvidos.

O nome da Operação decorre do termo utilizado atualmente pelos moradores de Parintins, chamando-a de “ilha Tupinambarana, a ilha da magia”, fazendo referência a região que foi habitada por diversas etnias indígenas, dentre elas os Tupinambás. O município é conhecido por situar o Festival Folclórico de Bois Bumbás, Garantido e Caprichoso. A Operação da Policia Federal visa garantir o livre exercício do voto no Município.

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