Conecte-se conosco

Notícias

Lideranças indígenas de nove países da Bacia Amazônica lançaram um documento contra a exploração de petróleo na região

liderancas-indigenas-de-nove-p

Lideranças indígenas de nove países da Bacia Amazônica lancaram um documento contra a exploração de petróleo na região. O texto foi discutido no Encontro lnternacional dos Povos lndígenas da Bacia Amazônica, que ocorreu na semana passada, em Manaus — no mesmo momento, portanto, em que Lula se disse favorável à exploração de petróleo na Foz do Amazonas. As informações são da coluna de Lauro Jardim, no site do jornal O Globo.

O chamado G9 da Amazônia Indígena reivindica o fim da exploração de petróleo na Amazônia e o financiamento direto para organizações indígenas no combate a mudanças climáticas, entre outros pontos.

Eis um trecho do documento:

“O discurso sobre usar os recursos do petróleo da Amazônia para financiar a transição energética não é apenas falso, é escandalosamente cínico. Ele ignora a gravidade da crise climática e a devastação causada pela exploração de combustíveis fósseis – que são, de fato, os maiores responsáveis pela crise climática global. Não permitiremos que nos enganem com falácias e estratégias que apenas prolongam a destruição. O fim da exploração de petróleo na Amazônia e no mundo não é uma opção, é uma urgência. Não restará nenhuma floresta em pé em um planeta em chamas. A transição energética precisa ser feita de maneira justa e imediata, respeitando e protegendo as populações que já estão pagando o preço mais alto dessa destruição criminosa”.

“A resposta somos nós.” Com este mote, indígenas dos nove países da amazônia divulgam o G9, novo grupo de coalizão anunciado durante a COP16, conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre biodiversidade que ocorre em Cali, na Colômbia.

O G9 da Amazônia Indígena, reúne organizações indígenas de Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela para unir as demandas locais de cada país para pressionar de forma conjunta os seus respectivos governos pela defesa do bioma, dos povos tradicionais, da biodiversidade e do clima global.

O grupo lançou uma declaração conjunta dos povos indígenas rumo à COP30 (convenção do clima da ONU que será realizada em Belém em 2025). O manifesto exige do governo brasileiro a copresidência do evento e o fim da extração de petróleo e gás na amazônia.

A primeira reivindicação das comunidades da Pan-Amazônia é o reconhecimento, pelos governos de todo o mundo, de que os povos tradicionais são as principais autoridades morais no que se refere à conservação dos biomas e à proteção da diversidade de espécies e do clima.

O Brasil é representado no grupo pela Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira), que é um das bases que formam a Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), considerada a maior entidade de representação indígena do país.

Entre as propostas do G9 estão:

Conservação da biodiversidade

Direitos territoriais

Financiamento direto

Proteção aos povos indígenas em isolamento e contato inicial

Escolas de formação e liderança indígenas

Unidade do movimento indígena amazônico


Clique para comentar

Faça um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

nove − 2 =