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Investigação de desvio de R$ 22 milhões no AM é destaque em publicação do Ministério da Justiça

Segundo o MPAM, a investigação teve como alvo uma organização criminosa com foco na administração pública Presidente Figueiredo (AM).

Foto: Lucas Figueiredo/Prefeitura de Iranduba/Facebook

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) informou, nesta segunda-feira 904/11) que a revista nacional “Casos Lab-LD”, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), destacou a investigação conduzida pelo seu Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que apurou desvio de dinheiro em Presidente Figueiredo (AM), superior a R$ 22 milhões, na chamada Operação Cachoeira.

O caso foi relatado na edição comemorativa dos 10 anos da Rede Nacional de Laboratórios de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (Rede-LAB) e é narrado pelo ex-coordenador do Gaeco no Amazonas, o promotor de Justiça Igor Starling.

Segundo o MPAM, a investigação teve como alvo uma organização criminosa com foco na administração pública Presidente Figueiredo (AM) que fraudava licitações e desviava dinheiro via contas de empresas e pessoas físicas em benefício do gestor do município.

O Laboratório de Lavagem de Dinheiro (Lab-LD) do Gaeco produziu relatórios de análises financeiras que, a partir de medida cautelar de quebra do sigilo bancário deferida pela Justiça, revelaram relação financeira suspeita entre as empresas que participaram dos mesmos certames licitatórios.

Os documentos ainda apontaram a utilização de conta única por meio da qual as empresas não só pagavam as contas umas das outras, como também quitavam as contas pessoais do gestor municipal investigado.

Entre as infrações detectadas, estava fraude ao caráter competitivo do procedimento licitatório, peculato e corrupção. Além dos mais de R$ 22 milhões desviados, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em endereços nas cidades de Presidente Figueiredo, Parintins e Manaus, totalizando um contingente de aproximadamente 80 policiais.

“A publicação do caso analisado pelo nosso Lab-LD mostra a qualificação e o trabalho de excelência realizado pelos núcleos desta coordenadoria, nesse caso, em um desvio que superou R$ 22 milhões de reais”, avaliou o coordenador do Gaeco/MPAM, o promotor de Justiça Leonardo Tupinambá.


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