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Governo fecha contratos com Pfizer e Janssen para compra de 138 mi de doses

A vacina da Janssen, de dose única, ainda não tem autorização para uso no Brasil, mas recebeu, em 18 de janeiro, uma certificação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que reconhece as boas práticas de fabricação da vacina.

Governo federal vai ampliar o cronograma de vacinação. (Imagem: Marcelo Justo/UOL)

O governo federal assinou hoje contratos com a Pfizer e a Janssen para a compra de 138 milhões de doses de vacina contra a covid-19. Serão 100 milhões da Pfizer e 38 milhões da Janssen —a maioria com entrega prevista para o segundo semestre de 2021.

A vacina da Janssen, de dose única, ainda não tem autorização para uso no Brasil, mas recebeu, em 18 de janeiro, uma certificação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que reconhece as boas práticas de fabricação da vacina. O certificado, entretanto, não é suficiente para a aplicação do imunizante no Brasil —a Anvisa aguarda o pedido de autorização de uso emergencial ou registro. Já a vacina da Pfizer foi a primeira a conseguir aprovação da Anvisa para uso definitivo no Brasil.

No início da semana, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, havia anunciado que o governo estava prestes a fechar os acordos de compra. Veja o cronograma previsto de entrega das vacinas da Pfizer, divulgado pelo Ministério da Saúde na segunda-feira (15):
Abril: 1 milhão de doses
Maio: 2,5 milhões de doses
Junho: 10 milhões de doses
Julho: 10 milhões de doses
Agosto: 30 milhões de doses
Setembro: 46,5 milhões de doses

A Johnson & Johnson, fabricante da Janssen, entregará os lotes da vacina somente no segundo semestre:
Entre julho e setembro: 16,9 milhões de doses
Entre outubro e dezembro: 21,1 milhões de doses

O ministro Pazuello admitiu que o cronograma poderá sofrer mudanças: “O cronograma previsto é para ser alterado. Quando a fabricante não entrega, quando a linha de produção para, quando acontece qualquer dificuldade na legalização das doses”, afirmou ele, que será substituído no comando da Saúde pelo médico Marcelo Queiroga.

Pazuello deixa o cargo sob pressão depois de dez meses. Ele assumiu em maio de 2020 após a saída de Nelson Teich, que, por sua vez, havia substituído Luiz Henrique Mandetta — ambos deixaram o cargo por divergência com Bolsonaro em relação à condução do enfrentamento da crise sanitária. Queiroga será o 4º ministro da Saúde desde o início da pandemia.

Brasil negou primeira proposta da Pfizer O Brasil negocia com a Pfizer desde o primeiro semestre do ano passado, mas o acordo estava emperrado porque o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) não concordava com as cláusulas que isentam a farmacêutica de responsabilidade por efeitos colaterais. A primeira proposta foi feita em 15 de agosto para a entrega de 70 milhões de doses ao Brasil a partir de dezembro de 2020. “Isso tudo obviamente faz com que a gente não consiga contratar a Pfizer”, chegou a afirmar o ministro Pazuello. “Queremos que a Pfizer nos dê o tratamento compatível com o nosso país, amenize essas cláusulas. Não podemos assinar dessa forma.”

Em resposta, a Pfizer afirmou que as cláusulas apresentadas ao governo estão em linha com os acordos fechados em outros países “inclusive na América Latina. Diversos países já começaram a vacinação, salvando vidas”, esclareceu a Pfizer ao citar contratos com a União Europeia (27 países), Estados Unidos, Japão, Israel, Canadá, Reino Unido, Austrália, México, Equador, Chile, Costa Rica, Colômbia e Panamá.

Em dezembro, o presidente Bolsonaro ironizou o imunizante da Pfizer/BioNtec: “Lá no contrato da Pfizer, está bem claro nós [a Pfizer] não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral. Se você virar um jacaré, é problema seu”. Um estudo feito em Israel com 1,2 milhão de pessoas mostrou que a vacina contra a covid-19 da Pifzer/BioNTech tem 94% de eficácia em prevenir a doença de maneira sintomática e de 92% em evitar casos graves. O imunizante também protege contra as cepas sul-africana e britânica. Já a vacina Janssen, fabricada pela Johnson&Johnson, tem 87% de eficácia contra formas graves da variante brasileira do novo coronavírus.

Com informações do UOL.


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