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Bolsonaro culpa Wilson Lima e David Almeida por falta de oxigênio para pacientes de Covid-19
O presidente disse que Manaus estava um caos e que os governos estadual e municipal deixaram acabar o oxigênio.
Em vídeo postado em uma rede social, o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) criticou o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) e o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), pela falta de oxigênio na rede pública de saúde, para tratar pacientes de Covid-19 na capital do Estado.
O presidente disse que Manaus estava um caos: “o governo estadual e municipal deixou acabar o oxigênio. É morrendo asfixiado. Imagine você morrendo afogado. Fomos pra lá… ele interferiu. Tão falando já que ele interferiu. Então vão deixar o pessoal morrer?”, disse o presidente, no vídeo.
“Olha o que estava acontecendo em Manaus, vou falar Amazonas porque grande parte é Manaus. São poucas cidades lá. Mandamos ontem nosso ministro da Saúde pra lá. Estava um caos. Não faziam tratamento precoce. Aumentou assustadoramente o número de mortes. E mortes por asfixia porque não tinha oxigênio”, disse Bolsonaro.
O trecho de vídeo foi publicado na rede social de Tercio Arnaud Tomaz, assessor especial da Presidência da República e integrante do chamado “gabinete do ódio”.
No domingo, o governador do Amazonas, Wilson Lima, afirmou que as empresas fornecedoras de oxigênio informaram não ter condições de entregar a quantidade necessária do produto e que o Exército buscava uma parceria com o Exército para trazer cilindros de São Paulo.
“As empresas que fornecem oxigênio para o estado informaram que não têm mais condições de fornecer oxigênio na quantidade que o estado está necessitando. Nós estamos entrando em uma situação dramática. Se nada for feito, nos próximos dias nós ficaremos sem esse produto.”
O Ministério da Saúde considera “inadmissível” o não uso de cloroquina no combate à pandemia do novo coronavírus. A informação é da Folha de S.Paulo. Em comunicado enviado à prefeitura de Manaus (AM), a pasta pediu autorização para visitar as Unidades Básicas de Saúde destinadas ao tratamento do coronavírus “para que seja difundido e adotado o tratamento precoce como forma de diminuir o número de internamentos e óbitos decorrentes da doença”.
Na segunda-feira 11, o ministro Eduardo Pazuello esteve na capital do Amazonas, estado que tem batido recordes de internações e mortes e sofre com a falta de leitos e de equipamentos. “Aproveitamos a oportunidade para ressaltar a comprovação científica sobre o papel das medicações antivirais orientadas pelo Ministério da Saúde, tornando, dessa forma, inadmissível, diante da gravidade da situação de saúde em Manaus a não adoção da referida orientação”, diz o documento. Os remédios defendidos pelo governo federal, como cloroquina e ivermectina, não têm eficácia comprovada no tratamento do coronavírus.
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