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Amazonas é o estado do Brasil com o menor percentual da população que se declara branca, aponta IBGE
Os três municípios do País com maior número de indígenas foram Manaus (AM), com 71,6 mil, São Gabriel da Cachoeira (AM), com 48,2 mil e Tabatinga (AM), com 34,4 mil.
O Amazonas foi o estado brasileiro com o menor percentual da população que se declarou branca (18,4%), segundo os dados do “Censo 2022: Identificação étnico-racial da população”, revelados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No estado, 4,9% se declararam pretos, 68,8% se declararam pardos e, 12,5%, indígenas.
O Censo aponta que o município com maior percentual de pessoas pardas é Boa Vista do Ramos (AM) com 92,7%. Os dez municípios com maior proporção de pessoas pardas estavam no Amazonas, Pará e Maranhão.
Os três municípios do País com maior número de indígenas foram Manaus (AM), com 71,6 mil, São Gabriel da Cachoeira (AM), com 48,2 mil e Tabatinga (AM), com 34,4 mil. As maiores proporções foram de Uiramutã (RR), com 96,6%, Santa Isabel do Rio Negro (AM), com 96,2%, e São Gabriel da Cachoeira (AM), com 93,2%.
A região Norte tinha o maior percentual de pardos (67,2%) entre os estados. A região registrou 20,7% de brancos, 8,8% de pretos e 4,3% de indígenas. O Norte não possuía nenhum município com maioria de pessoas brancas na sua população residente.
No recorte territorial da Amazônia Legal, 65,2% (17.373.150) das 26.650.798 pessoas residentes se declararam pardas; 22,3% (5.952.829), brancas; 9,9% (2.625.999), pretas; 3,3% (868.419), indígenas e 0,2% (45.801) se declararam amarelas.
Enquanto a população da Amazônia Legal cresceu 9,3% entre 2010 e 2022, a população indígena na região cresceu 100,7% no período. Já a população preta cresceu 43,3% e a parda, 10,1%.
Destaques da pesquisa:
Em 2022, cerca de 92,1 milhões de pessoas (ou 45,3% da população do país) se declararam pardas. Foi a primeira vez, desde 1991, que esse grupo predominou.
Outros 88,2 milhões (43,5%) se declararam brancos, 20,6 milhões (10,2%), pretos, 1,7 milhões (0,8%), indígenas e 850,1 mil (0,4%), amarelas.
A região Norte tinha o maior percentual de pardos (67,2%), a região Sul mostrou a maior proporção de brancos (72,6%) e o Nordeste registrou o maior percentual de pretos na sua população (13,0%).
Em 2022, 35,7% dos pardos e 48,0% dos brancos do país estavam no Sudeste.
Entre os estados, o maior percentual de pardos foi do Pará (69,9%), a maior proporção de brancos foi do Rio Grande do Sul (78,4%) e o maior percentual de pretos foi da Bahia (22,4%).
A população parda era maioria em 3.245 municípios do país (ou 58,3% do total), enquanto a população indígena era majoritária em 33 municípios e a população preta, em nove.
Entre 2010 e 2022, as populações preta, indígena e parda ganharam participação em todos os recortes etários, enquanto as populações branca e amarela perderam participação.
Em 2022, havia predomínio da população parda até os 44 anos de idade; a partir dos 45 anos, a população branca passa a mostrar o maior percentual.
População amarela tem a idade mediana mais elevada em 2022 (44 anos), seguida da população branca (37 anos), preta (36 anos), parda (32 anos) e indígena (25 anos).
O maior índice de envelhecimento foi o da população amarela (256,5), seguida da preta (108,3), branca (98,0), parda (60,6) e indígena (35,6).
A população preta apresentou a maior razão de sexo (103,9 homens para cada 100 mulheres) e foi a única em que número de homens superou o de mulheres.
A população amarela tinha a menor razão de sexo entre os cinco grupos de cor ou raça: 89,2 homens para cada cem mulheres.
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