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Zuckerberg anuncia fim da checagem de dados no Facebook e Instagram
O programa de verificação de fatos de quem publica nas plataformas da Meta foi implementado depois da eleição de 2016.
A Meta decidiu acabar com o seu sistema de verificação de fatos e suspendeu as restrições a publicações nas suas redes sociais Facebook e Instagram. A decisão foi anunciada pelo criador da empresa, Mark Zuckerberg, em um vídeo postado nesta 3ª feira (7.jan.2025).
Zuckerberg diz que as políticas atuais de verificar tudo o que é publicado e as práticas de moderação de conteúdo “foram longe demais“. Para ele, é preciso “restaurar a liberdade de expressão” no Facebook e no Instagram.
“Vamos voltar às nossas raízes e nos concentrar em reduzir erros, simplificar nossas políticas e restaurar a liberdade de expressão em nossas plataformas”, disse Zuckerberg. “Mais especificamente, vamos nos livrar dos verificadores de fatos e substituí-los por ‘notas da comunidade’ semelhantes ao que faz o X, começando nos EUA”.
O diretor de assuntos globais da Meta, Joel Kaplan, falou ao programa “Fox & Friends” do Fox News Channel nesta 3ª feira de manhã e falou sobre as mudanças.
“Esta é uma grande oportunidade para redefinirmos o equilíbrio em favor da liberdade de expressão. Como Mark diz no vídeo, o que estamos fazendo é voltar às nossas raízes e à liberdade de expressão”, disse Kaplan ao “Fox & Friends”.
O programa de verificação de fatos de quem publica nas plataformas da Meta foi implementado depois da eleição de 2016. Essa política foi usada para “gerenciar conteúdo” e desinformação nas redes sociais da empresa de Zuckerberg, em grande parte por causa de “pressão política”, disseram os executivos da Meta.
Brasil e STF
A Meta e outras empresas de tecnologia tiveram várias reuniões com o STF (Supremo Tribunal Federal) e com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em anos recentes. Prometeram aos magistrados que teriam uma política rígida de controle de informações falas e potencialmente ofensivas à democracia.
Não está claro ainda como a mudança agora anunciada por Mark Zuckerberg será recebida pelas Cortes de Justiça no Brasil, sobretudo pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, crítico das redes sociais e relator do chamado inquérito das fake news.
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