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Vazamento de petróleo contamina rio e afeta populações na Amazônia equatoriana, informa estatal

A empresa indicou que “atualmente estão sendo instaladas barreiras adicionais para evitar o avanço de vestígios de hidrocarbonetos em corpos fluviais e assim minimizar os impactos resultados das chuvas”.

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Um derramamento de petróleo não quantificado contaminou o caudaloso rio Napo, um dos afluentes do Amazonas, e está afetando populações na Amazônia equatoriana, informou a estatal Petroecuador nesta quinta-feira (27).

Sem detalhar quando, a estatal assinalou que, no bloco 16, situado na província de Orellana, no leste do Equador, ocorreu a ruptura de uma tubulação que causou o vazamento de petróleo.

Na quarta-feira, “houve uma forte chuva na região, o que fez com que parte do hidrocarboneto contido nas barreiras fosse arrastada para o rio Napo”, acrescentou.

A empresa indicou que “atualmente estão sendo instaladas barreiras adicionais para evitar o avanço de vestígios de hidrocarbonetos em corpos fluviais e assim minimizar os impactos resultados das chuvas”, e acrescentou que “mantém comunicação direta com as comunidades afetadas”, sem dar mais detalhes.

A Petroecuador também informou que, após o vazamento, foram instaladas barreiras preventivas para “proteger os corpos hídricos no entorno do rio Napo” como parte das ações para conseguir controlar a situação, mas que a chuva torrencial resultou em um impacto neste importante afluente do rio Amazonas, que atravessa Peru, Colômbia e Brasil.
“Novo desastre ambiental por hidrocarbonetos no #RioNapo”, escreveu na rede social X o advogado Pablo Fajardo, defensor dos direitos humanos e representante dos atingidos pela atividade petrolífera, acrescentando que “isso é o que denunciam os moradores das comunidades da freguesia #Pañacocha [na província vizinha de] Sucumbíos”.

O ativista difundiu um vídeo que mostra um curso d’água com manchas de óleo. “Neste momento, não dá nem para pescar”, diz uma pessoa.

O Equador, que extrai petróleo na floresta amazônica, registra vazamentos ocasionais. Em fevereiro de 2022, o rompimento de um oleoduto causou o derramamento de 6.300 barris no Parque Nacional Cayambe-Coca, uma área protegida que abriga grande variedade de fauna e uma reserva de água.

Naquela ocasião, o vazamento afetou os rios Quijos e Coca. Este último foi cenário de outro derramamento em 2020, quando 15.000 barris alcançaram o curso d’água.

O petróleo é o principal produto tradicional de exportação do Equador, que extraiu 475.000 barris por dia (b/d) em 2023, dos quais exportou cerca de 66%.

Entre janeiro e abril de 2024, o Equador já extraiu 485.000 b/d, com cerca de 73% destinados ao comércio exterior.

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