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Unicef solicita US$ 73 milhões em ajuda para 260 mil crianças no Haiti, sobreviventes do terremoto

No dia 14 de agosto, um terremoto de magnitude 7,2 atingiu o Haiti e causou a morte de mais de 2.200 pessoas, em um país assolado pela pobreza.

A ajuda tem como objetivo “proporcionar apoio por 6 meses. (Foto: Ricardo Arduengo/Reuters)

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês) pediu nesta terça-feira (14) US$ 73 milhões (R$ 381 milhões) para ajudar 260 mil crianças afetadas pelo terremoto que sacudiu o Haiti há um mês, que provocou a morte de mais de duas mil pessoas.

“O Unicef solicita US$ 73,3 milhões para responder às necessidades humanitárias causadas pelo terremoto”, informou o Fundo das Nações Unidas em comunicado.

A ajuda tem como objetivo “proporcionar apoio urgente em matéria de saúde, educação, água e saneamento, nutrição e proteção da infância, incluída a violência de gênero, durante os próximos seis meses”, acrescentou o Unicef, cujo escritório para a América Latina e o Caribe está situado no Panamá.

No dia 14 de agosto, um terremoto de magnitude 7,2 atingiu o Haiti e causou a morte de mais de 2.200 pessoas, em um país assolado pela pobreza.

Segundo o Unicef, estima-se que, um mês depois do terremoto, 650 mil pessoas, entre elas 260 mil crianças e adolescentes, ainda necessitem de “assistência humanitária urgente”.

O tremor destruiu toda a infraestrutura para a produção agrícola e a distribuição de alimentos, como mercados, estradas, armazéns, estabelecimentos para produção de laticínios, sistemas de irrigação, etc., além de hospitais e escolas.

“Depois de um mês proporcionando ajuda urgente para salvar vidas, agora podemos compreender a magnitude dos danos que o terremoto causou a crianças e adolescentes”, afirmou a hondurenha Jean Gough, diretora regional do Unicef para a América Latina e o Caribe.

“Muitos (menores de idade) ficaram feridos e testemunharam a destruição de suas comunidades, incluindo suas casas, escolas e instalações de saúde”, acrescentou Gough.

No dia 9 de setembro, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês) alertou que cerca de 980 mil pessoas que vivem nos quatro departamentos mais atingidos pelo terremoto no Haiti correm risco de passar fome até fevereiro de 2022. A crianças que se salvaram do terremoto “estão agora ameaçadas por doenças evitáveis apenas devido ao fato de não terem acesso à água potável e ao serviço básico de saúde”, afirmou Gough.

Em 2010, o Haiti foi sacudido por um dos maiores terremotos de sua história recente, que causou 200 mil mortes e devastou a economia do país, o mais pobre das Américas.

As informações são do UOL.


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