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Tremor de terra de 5,8 atinge Japão e leva à suspensão de descarga de Fukushima

O sismo ocorreu às 12h14 (hora local), com epicentro na costa da prefeitura de Fukushima e a cerca de 50 quilômetros de profundidade no mar, mas não levou a qualquer alerta de tsunami.

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Um tremor de magnitude 5,8 na escala Richter sacudiu nesta sexta-feira (15) o Nordeste do Japão, forçando a suspensão temporária da descarga para o oceano Pacífico das águas contaminadas da Central Nuclear de Fukushima.

O sismo ocorreu às 12h14 (hora local), com epicentro na costa da prefeitura de Fukushima e a cerca de 50 quilômetros de profundidade no mar, mas não levou a qualquer alerta de tsunami.

A Tokyo Electric Power Company (Tepco), que opera a central danificada de Fukushima, disse que o tremor obrigou a suspender a atual fase de despejo de água radioativa e tratada no mar, que começou em 28 de fevereiro.

“Conseguimos confirmar, de forma remota, que não havia anomalias” nas instalações para diluir o trítio [substância radioativa] na água e retirá-la para o oceano, informou a Tepco na rede social X.

Mas “por precaução, suspendemos as operações nessas instalações, de acordo com protocolos operacionais predefinidos”, acrescentou.

Pouco depois do terremoto, a Autoridade de Segurança Nuclear do Japão informou, em sua página na internet, que não tinham foram detectadas anomalias em Fukushima.

O tremor não teve qualquer impacto na Central Nuclear Tokai nº 2, na prefeitura de Ibaraki (centro), ou na Central Nuclear de Onagawa, na prefeitura de Miyagi (centro), disseram os operadores.

Até o momento, não foram registrados quaisquer danos materiais ou feridos causados pelo abalo.

O Japão fica no chamado Anel de Fogo, uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo, e sofre terremotos com relativa frequência, por isso as infraestruturas são projetadas para resistir a tremores.

Na quarta-feira (13), o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, disse, durante visita a Fukushima, que as descargas são seguras.

As descargas geraram protestos de comunidades de pescadores e de países vizinhos, incluindo a China, que proibiram importações de peixes e mariscos do Japão.

A Tepco está descarregando no Oceano Pacífico mais de 1,32 milhão de toneladas de água contaminada de radioisótopos, após ser processada para retirar a maioria do material altamente radioativo e diluir em água marinha, processo que deverá se prolongar por décadas.

O governo japonês, a operadora da central e o regulador nuclear japonês optaram pela descarga no oceano como a melhor forma de solucionar o problema do armazenamento provisório do líquido no interior das instalações nucleares. Eles rejeitaram outras alternativas devido à complexidade técnica ou aos custos mais elevados.


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