Mundo
Para cientista chinês, não usar máscara é uma “grande erro” do Ocidente no combate à pandemia
Produto protege da transmissão do vírus pelas gotículas respiratórias liberadas pelos infectados, que são, em muitos casos, assintomáticos
O grande erro do Ocidente na batalha contra o novo coronavírus é não incentivar o uso de máscaras de proteção por toda a população. O alerta é do diretor-geral do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, George Gao, que falou sobre o assunto à revista Science.
“O grande erro nos Estados Unidos e na Europa é, na minha opinião, que as pessoas não usem máscaras. Este vírus é transmitido por gotículas respiratórias de pessoa para pessoa. As gotas desempenham um papel muito importante, daí a necessidade da máscara – o simples fato de falar pode espalhar o vírus. Muitos indivíduos infectados são assintomáticos ou ainda não apresentaram os sintomas: com uma máscara, você pode impedir que gotículas portadoras do vírus se desprendam e infectem outras pessoas”, explicou.
O Ministério da Saúde, que vinha recomendando o uso do máscaras somente para pacientes com sintomas ou confirmação de Covid-19, mudou o posicionamento. Em coletiva na tarde de ontem (1º), o ministro Luiz Henrique Mandetta sugeriu até que a população confeccione suas próprias máscaras e reutilize após higienização.
Isso porque a alta demanda pelos produtos de proteção, como álcool em gel e máscaras, levou a um desabastecimento desses materiais, com dificuldade até mesmo de chegar aos profissionais, que se encontram na linha de frente do combate à pandemia.
Países asiáticos encorajaram o uso de máscaras durante a pandemia. Na China, Wuhan tornou o uso obrigatório no auge da crise. Irã e República Tcheca seguiram o exemplo. A China mesmo teve que mais que quintuplicar sua produção diária de máscaras – a capacidade foi de 20 milhões para 110 milhões em fevereiro.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.
Faça um comentário