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Na cúpula do G20, Bolsonaro exalta preservação no Brasil e que continuará protegendo Amazônia e Pantanal

O presidente da República voltou a insistir no discurso de que o País sofre “ataques injustificados” sobre a política de proteção ambiental por nações “menos competitivas e menos sustentáveis”.

O presidente Jair Bolsonaro elogiou neste domingo (22) o que chamou de “elevado nível de preservação” das florestas brasileiras e afirmou que vai “continuar protegendo” a Amazônia, o Pantanal e os biomas do País. Durante discurso na cúpula do G20, o presidente afirmou que “ataques injustificados” contra o Brasil são proferidos por nações “menos competitivas e menos sustentáveis”. As informações são do jornal O Globo.

O Brasil tem sido cobrado reiteradamente a nível internacional sobre sua política de proteção ambiental. Em outubro, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostraram que o índice de queimadas na Amazônia em 2020 no País, a dois meses do fim do ano, já superava os números registrados em todo o ano passado. Em todo 2019, a região amazônica apresentou 89.176 focos de calor. Já neste ano, até outubro, foram 89.734 incêndios na área.

No Pantanal, dados também do Inpe mostraram que nos primeiros 20 dias de outubro foram registrados 2.667 focos de incêndio, 408% a mais do que no mesmo período do ano passado. Apesar disso, em sua fala, o presidente disse que trabalhava com “fatos, e não narrativas”.

“Ressalto que essa verdadeira revolução agrícola no Brasil foi realizada utilizando apenas 8% de nossas terras. Por isso, mais de 60% de nosso território ainda se encontra preservado com vegetação nativa”, disse. “Tenho orgulho de apresentar esses números e reafirmar que trabalharemos sempre para manter esse elevado nível de preservação, bem como para repelir ataques injustificados proferidos por nações menos competitivas e menos sustentáveis”.

Bolsonaro falou ainda que o Brasil possui a matriz energética mais limpa entre os países do G20 e que o País é responsável por menos de 3% das emissões de carbono no mundo.

“O que apresento aqui são fatos, e não narrativas. São dados concretos e não frases demagógicas que rebaixam o debate público e, no limite, ferem a própria causa que fingem apoiar”, afirmou. “O hino nacional de meu país diz que o Brasil é gigante pela própria natureza. Estejam certos de que nada mudará isso. Vamos continuar protegendo nossa Amazônia, nosso Pantanal e todos os nossos biomas”.

Na última semana, o presidente reclamou da ‘acusação constante em cima do Brasil’ por questões ambientais. Segundo ele, as cobranças tinham como objetivo “obviamente nos enfraquecer comercialmente”. Durante a semana, Bolsonaro chegou a prometer que divulgaria os nomes de países que importam madeira extraída de forma ilegal do Brasil, mas recuou. Neste domingo, o presidente voltou a falar sobre o peso da questão ambiental na pauta econômica.

“Estamos construindo um país aberto para o mundo, disposto, não apenas a buscar novos acordos comerciais, mas também a assumir novos e maiores compromissos nas áreas do desenvolvimento e da sustentabilidade. Ao mesmo tempo em que buscamos maior abertura econômica, estamos cientes de que os acordos comerciais sofrem cada vez mais influência da agenda ambiental”, disse.


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