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Guerra em Israel: brasileiro de 24 anos que estava em festival é encontrado morto, diz família
Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos, estava com a namorada quando o Hamas invadiu a festa. Ainda há outros brasileiros desaparecidos.
O brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos, foi encontrado morto, segundo confirmou a família do jovem à CNN. O Itamaraty também confirmou a morte.
O pai de Ranani reconheceu o corpo do rapaz, segundo informou um primo à reportagem.
Ele estava desaparecido desde sábado (7), quando o grupo islâmico Hamas, considerado terrorista pelos Estados Unidos e a União Europeia, atacou uma rave — festa de música eletrônica — em que estava com a namorada.
Ranani chegou a postar em uma rede social sobre o bombardeio em um bunker. Ele vivia em Israel há aproximadamente sete anos, e residia em Tel Aviv.
Ele havia terminado recentemente o tempo de serviço militar, obrigatório no país, e trabalhava como entregador.
Ranani nasceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e trabalhou anteriormente como editor de vídeos e designer de propagandas animadas.
A namorada do jovem, Rafaela Treistman, que estava com ele durante o ataque, relatou em entrevista exclusiva à CNN os momentos de pânico.
“Eu não lembro direito das coisas. Sei que em uma hora ele estava comigo, estávamos em um canto, abraçados, e em outra hora ele não estava mais. Eu estava tão desorientada que perguntava para uma menina que estava do meu lado ‘Ranani, é você?’. E ela não respondia”, conta.
Veja nota do Itamaraty
Falecimento de cidadão brasileiro em Israel
O Governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, do falecimento do cidadão brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, natural do Rio Grande do Sul, vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro, em Israel.
Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o Governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis.
Veja quem são as outras brasileiras desaparecidas
Bruna Valeanu, de 24 anos, nasceu no Rio de Janeiro e mora atualmente em Petah Tikva, tendo se mudado para Israel em 2015. Ela frequentou a escola TTH Barilan, no Brasil.
Uma irmã de Bruna confirmou o desaparecimento da jovem nas redes sociais.
Bruna estuda Comunicação e Sociologia/Antropologia na Universidade de Tel Aviv. Em uma publicação, a jovem havia dito que estava desenvolvendo habilidades em marketing e redes sociais.
Ela também foi instrutora de tiro das Forças de Defesa de Israel durante dois anos, entre 2018 e 2020.
Trabalhou também com vendas em uma empresa de seguros de Israel.
Outra brasileira desaparecida é a carioca Karla Stelzer.
O Itamaraty não divulga o nome dos desaparecidos, mas, conforme apurou a CNN, Karla estava em um festival de música que foi atacado pelo Hamas.
À CNN, um amigo da brasileira informou que ela tem um filho que também mora em Israel.
Ele relatou o que seria o último áudio enviado por Karla a uma amiga. Na mensagem, ela teria dito que estava junto a pelo menos outras três pessoas.
No início, ainda segundo a descrição, acharam que os foguetes eram fogos de artifício da festa e afirmaram que estavam fugindo do local.
A mãe de Karla, Regina Stelzer, também confirmou nas redes sociais o desaparecimento da filha, e disse que ela estava acompanhada do namorado, o israelense Gabriel Azulay, que também está desaparecido.
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