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Governador manda os 40 milhões de habitantes da Califórnia ficarem em casa

Medida, que entrou em vigor de imediato, é a maior e mais abrangente restrição já adotada pelo estado em meio ao agravamento da crise de saúde pública provocada pela epidemia de Covid-19

A Califórnia divulgou ordem inédita para a sua população de 40 milhões de habitantes ficar em casa, e o governo dos Estados Unidos orientou cidadãos norte-americanos a voltarem para casa ou ficarem no exterior por tempo indeterminado. O total de mortes pelo coronavírus no país chegou a 200 ontem (19).

A decisão do governador da Califórnia, Gavin Novasom, que entrou em vigor de imediato, é a maior e mais abrangente restrição já adotada pelo estado em meio ao agravamento da crise de saúde pública provocada pela epidemia de Covid-19, que ele previu que pode infectar mais da metade da Califórnia dentro de oito semanas.

Enquanto as autoridades intensificam medidas para evitar a proliferação do vírus, o governo dos EUA pode anunciar restrições nas viagens na fronteira EUA-México nesta sexta-feira, limitando as travessias ao essencial, segundo duas autoridades que estão a par da questão. A ação viria na esteira de uma medida semelhante, adotada na quarta-feira (18)para fechar a fronteira com o Canadá.

A doença respiratória, de disseminação rápida, está acabando com a maioria dos hábitos cotidianos da nação, ao fechar escolas e negócios, obrigar milhões a trabalharem em casa, causar a demissão de muitos e diminuir drasticamente as viagens.

O Departamento de Estado disse aos cidadãos: se viajarem para o exterior, “seus planos de viagem podem ser seriamente prejudicados, e vocês podem ser forçados a permanecer fora dos Estados Unidos por um período indefinido”.

Como a economia está padecendo, republicanos do Senado apresentaram um plano de estímulo econômico, de US$ 1 trilhão, para disponibilizar fundos diretamente ao público e aos negócios norte-americanos. O presidente Donald Trump vem pedindo o pacote com insistência.

O número de pessoas solicitando seguro desemprego atingiu a maior taxa desde 2012 e atingiu um pico de 2,5 anos na semana passada, já que empresas do setor de serviço dispensaram funcionários porque a pandemia está fechando negócios.

Seria o terceiro projeto de lei de emergência do Congresso para enfrentar o coronavírus, na esteira de um plano de mais de US$ 105 bilhões que cobre os exames gratuitos de coronavírus, licenças-saúde remunerada e gastos adicionais com a rede de segurança, além de outra medida de US$ 8,3 bilhões para combater a disseminação do patógeno altamente contagioso e desenvolver vacinas contra ele.

O mercado de ações em queda e o número crescente de mortes levaram Trump a mudar radicalmente de tom no tocante à doença nesta semana, quando exigiu ações urgentes para repelir um mergulho na recessão, depois de passar semanas minimizando os riscos.

Mais de 13 mil pessoas de todo o país foram diagnosticadas com a doença, batizada de Covid-19, e 200 morreram. Os estados de Washington, Nova York e Califórnia concentraram os maiores números até o momento.

Como os EUA demoram para mobilizar exames em massa para detectar o vírus, que já infectou mais de 229 mil pessoas em todo o mundo, autoridades temem que a quantidade de casos conhecidos da doença respiratória, que pode causar pneumonia, esteja muito distante da realidade.

Hospitais de toda a nação enfrentam falta de equipamento médico, e médicos de Seattle são forçados a improvisar máscaras com folhas de plástico.


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