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Furacão Laura se aproxima dos EUA com potencial mortal e catastrófico

A expectativa é que o furacão atinja a região da fronteira da Louisiana com o Texas entre quarta-feira à noite e a madrugada de quinta-feira (27); cerca de 620 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas nos dois estados.

O furacão Laura, que se aproxima do litoral sudeste dos EUA, chegou à categoria 4 nesta quarta-feira (26) e deve provocar mortes e danos ‘catastróficos’ na costa do Golfo do México, segundo o Centro Nacional de Furacões. As informações são da Reuters, com publicação pelo jornal Folha de S.Paulo.

A expectativa é que o furacão atinja a região da fronteira da Louisiana com o Texas entre quarta à noite e a madrugada de quinta-feira (27). Na tarde desta quarta, ele estava a 320 km do Texas, com ventos de 220 km/h. “A palavra mortal não é uma que eu gosto de usar e é uma que eu nunca usei antes”, afirmou Benjamin Schott, do Serviço Nacional de Metereologia.

Segundo ele, a maior parte da cidade de Cameron Parish, na Louisiana, ficará alagada em algum momento. A tempestade pode avançar até 48 km pelo continente e elevar o nível de água em até 6 metros na cidade.

O governador da Louisiana, John Edwards, afirmou que toda a Guarda Nacional de seu estado havia sido ativada pela primeira vez desde 2012. O governador do Texas, Greg Abbot, por sua vez, disse que a Guarda Nacional de seu estado estava a postos com carros para enchentes e helicópteros de resgate.

Casas temporárias estão sendo construídas às pressas para os desabrigados e equipes de emergência estão sendo posicionadas estrategicamente, segundo agências de emergência estaduais e federais. O administrador da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema, na sigla em inglês), Pete Gaynor, postou fotos de abrigos móveis na cidade de Camp Beauregard, na Louisiana, 115 km ao norte da costa, nesta terça.

Cerca de 620 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas nos dois estados —mais de 420 mil no Texas e outras 200 mil na Louisiana. Na manhã desta quarta, a ilha de Galveston, no Texas, estava quase toda protegida por tapumes sob o céu escuro e diante do mar agitado.

Enquanto enchia o tanque de seu motorhome em um posto de gasolina em Katy, no Texas, Sarah Cooksey lamentava a necessidade de sair de sua casa com o marido Brad e não poder fazer nada a respeito. “Veremos ao que vamos voltar”, disse à agência Reuters.

Na cidade de Austin, também no Texas, milhares de desabrigados serão acolhidos em hotéis, em vez de escolas, para encorajar o distanciamento social por causa do novo coronavírus, segundo o jornal local Austin American-Statesman.

Ainda assim, Jared Brown, 39, que deixou a Louisiana para se abrigar na cidade texana, preferiu ficar na casa de um amigo. Segundo ele, o medo era ficar mais exposto à Covid-19 no hotel.

A tempestade também já está impactando a produção de petróleo no Golfo do México. Empresas petrolíferas com plataformas na região interromperam suas operações. Os cortes na produção estão próximos de 90%, um nível nunca visto desde o furacão Katrina, que acaba de completar 15 anos.

“Pensar numa parede de água de mais de dois andares chegando à costa é díficil para a maioria conceber, mas é isso que vai acontecer.”


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