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Falsificação ameaça qualidade da máscara N95. Veja como identificar.

Especialistas alertam sobre os perigos das falsificações. A máscara legítima é uma das mais eficazes para se proteger do coronavírus.

O modelo é capaz de filtrar 95% das partículas transportadas pelo ar, como vírus. (Foto: Getty Images)

As buscas pelo termo “máscara N95” tiveram um crescimento repentino de interesse desde o final de janeiro, após indicação de diversos governos europeus como proteção eficiente ao coronavírus. As buscas despertaram o interesse de criminosos que aproveitam a alta demanda para vender material de proteção falsificado, principalmente pela internet, segundo informações divulgadas pela CNN Brasil.

O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), agência de saúde dos Estados Unidos, divulgou um guia com dicas para detectar máscaras falsificados. Basicamente, o comprador deve estar atento aos erros que poderiam passar despercebidos e se questionar sobre as informações que encontra. As mesmas dicas se aplicam no Brasil para reconhecer uma máscara falsificada e sem eficácia:

– Verificar se existem erros de digitação, gramática incorreta ou outros erros no site ou embalagem.

– Verificar se existem falhas no site, como páginas inacabadas ou em branco, texto fictício, links corrompidos e domínios com erros ortográficos.

– Desconfie de listas que chamam os produtos de “genuíno” ou “real”. As empresas legítimas não precisam dizer aos compradores que seus produtos são reais – pelo menos não no nome do produto.

– Se comprar pela internet, busque a área de comentários para ver a reputação da empresa. Compradores insatisfeitos com o produto podem revelar se ele é mal feito ou ilegítimo.

– As máscaras N95 verdadeiras não possuem enfeites e adornos.

– Veja se o comerciante está vendendo os mesmos itens ao longo do tempo ou seguindo as tendências. Negócios legítimos tendem a permanecer consistentes.

– O vendedor coloca suas informações de contato em imagens? Nesse caso, eles podem estar contornando a política de mercado para manter as interações entre compradores e vendedores no site.

– Desconfie de máscaras cirúrgicas que oferecem um preço muito reduzido.

– Além do verificar as camadas internas da máscara, vale observar se o produto possui marcação que indique a aprovação pelo Inmetro, de forma legível. A padronização destes equipamentos é feita pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), no documento NBR 13698 de 2011.

– A N95 se enquadra na classe Peça Facial Filtrante (PFF), como “Peça Semifacial Filtrante”, e possui variações que indicam resistência a aerossóis e oleosos capazes de reter partículas sólidas (S) e líquidas à base de água e à base de óleo (SL).

– Nas máscaras do tipo N95, o Inmetro exige que todas as peças aprovadas contenham no mínimo as marcações de classe da PFF – S ou SL -, identificação do fabricante e lote de fabricação.

– A embalagem também deve conter as marcações que indicam a veracidade do produto: identificação do fabricante; classe da PFF (PFF1, PFF2 ou PFF3), seguida das siglas (SL) ou (S) de acordo com a sua capacidade de resistência ou não ao aerossol oleoso; a sentença: “Veja informações fornecidas pelo fabricante”, ou equivalente; data de fabricação e prazo de validade ou fim do prazo de validade (mês e ano) e condições de armazenamento.

A infectologista Raquel Stucchi, no entanto, aponta que “não há indicação de uso coletivo de N95”, no Brasil. Ela destaca que a máscara de tecido é suficiente para conter a disseminação do novo coronavírus. “É melhor uma máscara de tecido feita em casa do que uma N95 falsa”, afirma. “Para Covid, em uso cotidiano, não há recomendação de uso de N95. Não tem utilidade, porque a transmissão da Covid na comunidade é por gotículas. Para bloquear a transmissão por gotículas, a máscara de tecido cumpre bem o seu papel, desde que seja produzida corretamente”, salienta.

 


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