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Ex-deputado George Santos é condenado a sete anos de prisão nos EUA

Sentença de 87 meses de prisão. A juíza decidiu que ele deve se entregar até o dia 25 de julho. Os advogados de Santos também não se pronunciaram após a condenação

George Santos, deputado americano – Foto: Reprodução

O ex-deputado republicano dos Estados Unidos George Santos, 36, foi condenado a sete anos e dois meses de prisão hoje.

Decisão foi proferida em Nova York. Na denúncia, os promotores pediram à juíza distrital dos EUA Joanna Seybert que punisse Santos para “refletir a gravidade dos crimes sem precedentes de Santos”. Ele é filho de brasileiros e se tornou o sexto deputado a ser expulso na história do Congresso americano, após um mandato conturbado envolto por polêmicas e mentiras.

Sentença de 87 meses de prisão. A juíza decidiu que ele deve se entregar até o dia 25 de julho. Os advogados de Santos também não se pronunciaram após a condenação.

Defesa havia pedido sentença de dois anos. Defensores concordaram que conduto de Santos foi desonesta, mas “decorreu em grande parte de um desespero equivocado relacionado à sua campanha política, e não de malícia inerente”, disseram. Os advogados também argumentaram que o ex-congressista não tinha antecedentes criminais.

Fraudes, doações falsas e rede de enganos

“Rede descarada de enganos”, definiram os promotores sobre a conduta de Santos. De acordo com a denúncia, o ex-deputado enganou eleitores e alimentou a própria ascensão política por meio de mentiras, roubos e fraudes de identidade.

Fraudes em arrecadação. Os promotores alegam que Santos, com a ajuda da ex-tesoureira de campanha Nancy Marks, falsificou os registros da Comissão Eleitoral Federal, fabricando contribuições de doadores e inflando os totais de arrecadação de fundos para atingir o limite de US$ 250 mil (cerca de R$ 1,4 milhão, na cotação atual). O valor era necessário para se qualificar dentro do Partido Republicano a disputar uma cadeira por um distrito de Nova York durante a campanha eleitoral de 2022. Marks se declarou culpada e aguarda a sentença em junho.

Doações falsas. Quando informado de que não havia atingido o valor necessário, Santos enviou uma mensagem de texto a um associado: “Vamos fazer isso de forma um pouco diferente”. Segundo os promotores, a abordagem diferente incluía o envio de doações falsas atribuídas a familiares, indivíduos fictícios e até mesmo identidades roubadas de apoiadores idosos.

O político acumula 23 acusações criminais. Os processos incluem fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e roubo de dinheiro público. Há também uma suspeita de que tenha usado dinheiro de campanha eleitoral para comprar artigos de luxo.

O ex-congressista republicano se declarou culpado apenas por dois crimes. São eles: fraude eletrônica e roubo de identidade.

A declaração de culpabilidade evitou que o julgamento começasse ainda em 2024. Em sua declaração na época, Santos admitiu que permitiu que “a ambição anulasse” o seu “juízo”. “Sentir-me culpado é um passo que nunca imaginei dar, mas é necessário, porque é o correto”, acrescentou. Não apenas diante dos demais, mas pelo “reconhecimento das mentiras que disse a mim mesmo nos últimos anos”. Após pedir “sinceras desculpas” a sua família, amigos e simpatizantes, e aos eleitores de seu distrito, reconheceu que havia “falhado” com eles.

Também mentiu que havia trabalhado para grandes bancos como Goldman Sachs, e que foi uma estrela do voleibol na universidade. Além disso, o ex-congressista falsificou seu histórico familiar, afirmando ser descendente de judeus sobreviventes do Holocausto que fugiram da barbárie nazista durante a Segunda Guerra Mundial.

Em maio de 2023, a Promotoria o acusou inicialmente de dez crimes, que foram ampliados para 23 em outubro de 2023. Uma investigação realizada pelo jornal The New York Times quando ele já estava no Congresso revelou suas mentiras e gerou a investigação que pôs um fim abrupto à sua breve carreira política.

 

As informações são do UOL.


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