Mundo
Estudo aponta a existência de três tipos de novo coronavírus
Mutações são comuns e raramente significam que o vírus ficará mais perigoso
Um estudo das universidades de Cambridge, no Reino Unido, e de Kiel, na Alemanha, mostrou que há três tipo de novo coronavírus, resultado de mutações desde que ele surgiu em Wuhan, na China, até hoje, quando já infectou 1,5 milhão de pessoas no mundo todo.
De acordo com a BBC Brasil, a pesquisa revela, ainda, que os casos que surgiram em território brasileiro são muito mais ligados ao vírus que circulou na Europa do que ao que apareceu entre os chineses. “A rede algorítmica (que analisou a proximidade das variações do vírus em cidadãos de diversos países) reflete uma ligação mutante entre o genoma viral da Itália e do Brasil”, escrevem os autores do estudo. O texto esclarece que as mutações são comuns e raramente significam que o vírus ficará mais perigoso.
O grupo de cientistas usou um mapeamento de linhagens de códigos genéticos parecido com o modelo usado para identificar quais foram os movimentos migratórios das populações humanas pré-históricas.
Há mais de 1.000 sequenciamentos genéticos do novo coronavírus já realizados, basicamente divididos em três grandes grupos, segundo os pesquisadores: A, B e C, sendo B derivado de A, e C derivado de B.
O tipo A é considerado o “original”, que está mais próximo do vírus encontrado em morcegos e pangolins, dois animais que têm sido associados ao início da pandemia.
O tipo B tem maior incidência no Leste da Ásia e não se espalhou muito dali – hipóteses sobre isso consideram que o vírus pode ter encontrado resistência imunológica ou ambiental para se espalhar entre pessoas de outras localidades.
O tipo C é considerado o majoritário na Europa, e foi encontrado nos primeiros pacientes de países como França, Itália e Suécia. Essa categoria de sequenciamentos genéticos também inclui o Brasil.
A relação entre o vírus encontrado no Brasil e na Itália já havia sido relatada. Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP), afirmou que o espalhamento do vírus no Brasil se deu de modo peculiar. “Ao contrário da China e de outros países, onde o surto de Covid-19 começou devagar, com um número pequeno de casos inicialmente, no Brasil mais de 300 pessoas começaram a epidemia, em sua maioria vindas da Itália. Isso resultou em uma disseminação muito rápida do vírus (em dez capitais)”, disse, em entrevista à Agência Fapesp.
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