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Eleições dos EUA: Biden apresenta melhor proposta democrata e é favorito para derrotar Trump em 2020

Segundo pesquisa realizada pelo The Washington Post-ABC, o ex-vice de Obama, possui 45% de probabilidade para ganhar as eleições, frente aos demais pré-canditados, Sanders e Warren.

Com discursos idealistas e carregados de estratégias para resolver os problemas sócioeconomicos dos Estados Unidos, os pré-canditados para as eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2020, ficaram frente a frente no terceiro debate das primárias transmitido pela televisão, realizado em Houston, nesta última quinta-feira (12).

Joe Biden, ex-vice-presidente de Obama, iniciou o ataque, questionando a viabilidade dos planos de dois progressistas da velha escola, os senadores de esquerda, Bernie Sanders e Elizabeth Warren, sobre saúde, uma das questões mais complexas da política interna e das mais cruéis para a classe trabalhadora.

O primeiro tópico da noite, como foi durante os debates anteriores, foi a assistência médica, uma questão que as pesquisas mostram regularmente como alta para os eleitores americanos.

Atualmente, a linha de falha dentro do Partido Democrata está entre os candidatos que querem acabar com o seguro privado no lugar de um sistema nacional de saúde e aqueles que querem uma “opção pública” que concorra com as seguradoras privadas.

Joe defendeu sua ideia de melhorar a cobertura para os norte-americanos partindo da reforma de Obama e criticou duramente a proposta mais ousada, estender o sistema público de cobertura dos maiores de 65 anos (Medicare) a toda a população e, além disso, eliminar o sistema privado de seguros, algo que mais ninguém propõe.

“Como vamos pagar isso?”, perguntou Biden. “Minha amiga e senadora à esquerda [em referência a Elizabeth Warren] não disse como vai pagar isso, mas eu digo como vou pagar minha proposta”.
Quando Sanders censurou que os EUA estão pagando em saúde o dobro per capita que o Canadá, Biden replicou: “Isto é a América”.

Esse foi o primeiro debate em que os três mais bem colocados nas pesquisas se encontraram. Anteriormente, participavam cerca de vinte candidatos divididos em duas noites. Já para esta quinta, houve uma peneira para excluir a metade —em função de sua posição nas pesquisas e do número de doadores— e apenas os dez que passaram no corte participaram.

A campanha das primárias já está em outra fase, na qual os pré-candidatos mais fortes se distanciam dos demais e na qual o vice-presidente de Barack Obama, Joe Biden, parece ter tomado fôlego. Foi sua sessão mais enérgica até o momento e reivindicou o legado de Obama, enquanto seus adversários exigiram políticas mais progressistas.

O fato de Joe Bien (de 76 anos), Bernie Sanders (78) e Elizabeth Warren (70) dominarem com autoridade as pesquisas para a corrida presidencial de 2020 reflete que a maior mobilização do voto jovem, palpável nas eleições legislativas de novembro, não impede que o candidato predileto seja um septuagenário. Muito distante dos três, com menos de dois dígitos de intenção de voto nas pesquisas, estão Harris, Buttigieg e os texanos Beto O’Rourke, ex-congressista, e Julian Castro, ex-secretário de Habitação de Obama.

Joga a favor de Biden a chamada electability, ou seja, a probabilidade que um político tem de ganhar a eleição. Em uma pesquisa do The Washington Post-ABC publicada nesta semana, o ex-vice-presidente arrasa: 45% acreditam que ele tem mais chances de derrotar Trump, comparado com 14% de Sanders e 12% de Warren.


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