Mundo
Comunidade internacional se junta para auxiliar Turquia e Síria após terremotos
Fortes terremotos atingiram a Turquia e a Síria na madrugada de segunda-feira (6), deixando milhares de mortos, feridos e desabrigados. Os tremores foram os mais fortes em um século na região.
Até a manhã desta terça (7), o número confirmado de mortes nos dois países já passava de 5.000. A quantidade de prédios que colapsaram apenas na Turquia passou de 5.600.
Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, pelo menos 75 tremores secundários medindo 4,0 graus ou mais na Escala Richter ocorreram após o primeiro terremoto.
Diante disso, a comunidade internacional prestou solidariedade e se prontificou a enviar suprimentos e ajuda à região afetada, juntando mais de 40 nações.
A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que os sírios precisam “urgentemente” de auxílio, também se dizendo pronta para enviar apoio. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também presta suporte.
O governo do Brasil, por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), se reuniu na tarde desta segunda para avaliar possível resposta de assistência humanitária. A medida também pode incluir o despacho de uma equipe de busca e resgate urbano, requisitada pela Turquia.
Um dos principais aliados da Síria, a Rússia enviou dez unidades das Forças Armadas, com mais de 300 soldados, de acordo com o ministério da Defesa do país. Essas tropas se concentram principalmente em Aleppo, Hama e Latakia.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressou tristeza e condolências com os fatos noticiados, tendo autorizado auxílio imediato aos países. Ele conversou com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
Biden disse que os EUA estão prontos para “fornecer toda e qualquer assistência necessária à nossa aliada da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte], a Turquia, em resposta a esta tragédia”, segundo a Casa Branca. “O presidente Biden expressou condolências em nome do povo americano aos que ficaram feridos ou perderam entes queridos nos terremotos.”
O embaixador americano para a Turquia, Jeff Flake, afirmou à CNN que duas unidades de procura e resgate foram despachadas, cada uma com cerca de 70 profissionais e cães farejadores.
Diante da situação catastrófica, uma possível ajuda inédita também é ventilada: de Israel. Essa nação não possui relações diplomáticas formais com a Síria, mas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que recebeu uma solicitação de ajuda e a aprovou. Uma fonte síria nega que tenha sido foi o pedido.
O Catar e o Kuwait, por sua vez, anunciaram a abertura de pontes aéreas e envio de equipes especializadas, incluindo veículos, suprimentos para o inverno e material para montagem de hospitais de campanha.
Também haverá auxílio de tropas da França e Espanha, totalizando mais 200 pessoas. O mecanismo de resposta a crises foi ativado na União Europeia para coordenar as ações de ajuda.
O primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, também conversou por telefone com o presidente da Turquia, prestando condolências e disponibilizando assistência necessária.
O presidente da Coreia do Sul, mYoon Suk-yeol, disse estar pronto para ajudar a Turquia “de todas as maneiras possíveis”, relembrando a aliança na Guerra da Coreia.
Também serão enviadas mais de 15 toneladas de equipamento de busca e resgate provenientes da Holanda.
Outras nações que decidiram apoiar as operações de busca e resgate são Iraque, Palestina, Áustria, Reino Unido, Paquistão, Alemanha e República Theca, inclusive com suprimentos médicos de emergência, primeiros socorros e suprimentos de abrigo e remédios e combustível.
Além dos países, organizações civis também providenciaram auxílio humanitário, como a Médico Sem Fronteiras. A Cruz Vermelha Internacional também lançou um fundo para assistência.
Além das informações desta reportagem, a CNN, junto à instituição Public Good, também possibilita que sejam feitas doações, que serão repassadas para 14 organizações. Veja como ajudar por meio deste link (em inglês).
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.
Faça um comentário