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Companhia aérea do Paquistão suspende voos de 150 pilotos suspeitos de ter licenças falsas

Ministro da Aviação do país afirmou que 262 dos 862 pilotos na ativa não participaram dos exames de qualificação

A empresa Pakistan International Airlines (PIA) anunciou na quinta-feira (25) a proibição de voo para 150 de seus pilotos, suspeitos de deter licenças falsas, um mês depois do acidente envolvendo uma aeronave A320 da companhia, em Karachi.

Um relatório preliminar, publicado na quarta-feira (24), aponta que a falta de concentração dos pilotos e a ausência de reatividade dos controladores aéreos teriam contribuído para o acidente. “Vários alertas relativos ao excesso de velocidade, à aterrissagem e à proximidade do solo não foram levados em conta”, detalha o relatório, o que resultou em uma primeira tentativa de descida do avião. Os controladores aéreos observaram o contato das turbinas com a pista mas não avisaram os pilotos.

O voo 8303 acabou caindo em uma área residencial, a 1,3 quilômetro da pista, matando 97 das 99 pessoas a bordo, entre eles oito membros da tripulação. Mais de 98 pessoas morreram no acidente, segundo as autoridades do país, entre elas uma criança.

O ministro da aviação do Paquistão, Ghulam Sarwar Khan, criticou a falta de qualificação dos pilotos paquistaneses. Segundo ele, 262 dos 862 pilotos na ativa “não participaram dos exames de qualificação”. Entre eles, 150 tinham licenças falsas, segundo o porta-voz da PIA, Abdullah Hafeez Khan.


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