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China estuda mais dois novos medicamentos contra o coronavírus
Substâncias conseguiram bloquear enzima que permite que o vírus consiga se multiplicar; ainda não há data para que possa ser disponibilizados.
Estudo da Academia Chinesa das Ciências descobriu dois medicamentos específicos que poerão ser usados contra o novo coronavírus. Segundo a pesquisa, publicada na revista “Science”, os medicamentos impedem que o Sars-CoV-2 (coronavírus causador da Covid-19) se multiplique dentro do corpo humano. Os testes com as substâncias conseguiram projetar as moléculas para bloquear a enzima protease, o “motor” que permite que o vírus consiga se multiplicar, de acordo com a agência de notícias Ansa.
Além dos dois medicamentos chineses promissores, há outro descoberto na Holanda, que atua contra a mesma enzima, e um na Alemanha, que age contra a proteína spike – o arpão com o qual o vírus agride a célula para invadi-la. “Assim, as quatro moléculas tornam-se candidatas a se tornarem os primeiros remédios a serem usados contra a Covid-19, uma doença da qual se sabe ainda muito pouco”, afirma a agência.
O estudo foi feito por meio da análise estrutural do vírus, principalmente com a enzima protease. As moléculas chamadas de inibidores de protease 11a e 11b tiveram bons resultados após os primeiros testes. As duas substâncias “inibiram fortemente a protease da SarsCoV-2”, quando testadas em um cultura celular.
Em experimentos com ratos, os inibidores da protease 11a mostraram, em particular, baixa toxicidade. Os testes agora seguem para a fase pré-clínica para obter novos resultados sobre os efeitos tóxicos. Se forem considerados seguros, poderão em breve ser testados em seres humanos.
No entanto, assim como ocorre com os medicamentos descobertos por holandeses e alemães, ainda não há data para que eles possam ser disponibilizados aos humanos.
Outras drogas já conhecidas para outras doenças tambem estão sendo testadas para acelerar o tratamento da covid-19. Entre os medicamentos testados estão o remdesivir, nascido para combater o ebola, a cloroquina e a hidroxicloroquina, usados para combater a malária, artrite reumatoide e lúpus, e alguns antirretrovirais, como o lopinavir e o ritonavir usado no combate ao HIV, o camostat usado contra doenças de fígado e pâncreas, e o tocilizumabe, utilizado para combater as inflamações causadas pela crise imunitária provocada pelo HIV.
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