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Brasil retira diplomatas e servidores administrativos da embaixada na Venezuela

Portarias foram publicadas no mesmo dia em que Donald Trump pediu ao Congresso norte-americano que renove o decreto que declara a Venezuela como uma ameaça aos EUA

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Duas portarias publicadas ontem (5) retiram cinco diplomatas e 11 servidores administrativos brasileiros da embaixada e do Consulado Geral em Caracas.

De acordo com a agência Reuters, o esvaziamento dos postos diplomáticos no país não indica o rompimento formal das relações com a Venezuela, pois diplomatas e militares alertaram o governo federal de que a manutenção da embaixada é uma maneira de manter uma ponte com o país vizinho e há a necessidade de atendimento consular aos mais de 10 mil brasileiros que oficialmente moram na Venezuela.

Segundo uma fonte ouvida pela agência, não permanecerá em Caracas nenhum diplomata ou funcionário brasileiro e o governo considera como será prestada a assistência consular.

Por outro lado, o governo brasileiro não está renovando as credenciais dos representantes do governo de Nicolás Maduro em Brasília. Oficialmente, o governo do presidente Jair Bolsonaro reconhece a representante de Juan Guaidó, Maria Teresa Belandria, como embaixadora da Venezuela.

Também ontem, o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu ao Congresso norte-americano que renove a Ordem Executiva 136.926, de março de 2015 e assinada pelo seu antecessor Barack Obama, que declara “emergência nacional” pela ameaça “inusual e extraordinária” da Venezuela para a segurança e a política externa norte-americana.

Em mensagem enviada ao Congresso, Trump pede que a declaração vigore até que “a Venezuela obtenha a liberdade”. “A situação na Venezuela continua a representar ameaça inusual e extraordinária para a segurança nacional e a política externa dos EUA”, diz a mensagem, divulgada na internet.

O fato provocou reação do Ministério das Relações Exteriores venezuelano. “O governo da República Bolivariana da Venezuela rejeita, mais uma vez, a acusação infame, opressiva e irracional do presidente dos EUA contra a Venezuela, de ser uma ameaça extraordinária para o seu país, para assim justificar toda a série de ataques e crimes que lesam a humanidade, como as medidas coercivas unilaterais que Washington aplica desde 2015”, dizia parte do comunicado divulgado pelo governo venezuelano.

O texto continua: “É irônico que os Estados Unidos acusem a Venezuela de apresentar uma ameaça, no mesmo dia em que os tribunais internacionais anunciam que vão analisar casos de tortura e violações dos direitos humanos executados ilegalmente pelas autoridades norte-americanas no Afeganistão, o que apenas demonstra o desprezo das autoridades daquele país (EUA) pelo direito internacional e pela soberania nacional”.

 


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