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Alemanha iniciará testes clínicos para vacina contra coronavírus

“O Instituto Paul-Ehrlich autorizou os primeiros testes clínicos de uma vacina contra a covid-19 na Alemanha”, afirmou o órgão que regulamenta o tema no país em um comunicado.

A Alemanha anunciou nesta quarta-feira que autorizou os primeiros testes clínicos de uma vacina contra o novo coronavírus, com a aprovação de testes em voluntários de uma vacina desenvolvida pela empresa alemã Biontech e o grupo americano Pfizer.

“O Instituto Paul-Ehrlich autorizou os primeiros testes clínicos de uma vacina contra a covid-19 na Alemanha”, afirmou o órgão que regulamenta o tema no país em um comunicado.

A aprovação foi “resultado de uma cuidadosa avaliação” do risco e benefício da vacina, destaca o instituto. “Este é apenas o quarto teste com humanos a nível mundial de uma vacina contra a covid-19”, afirmou o órgão regulador.

Os testes clínicos acontecerão em uma primeira etapa com 200 voluntários saudáveis de 18 a 55 anos de idade.

O Instituto Paul-Ehrlich ressaltou uma “etapa importante no caminho para o desenvolvimento de vacinas seguras e eficazes contra a covid-19 para a população da Alemanha e fora do país”.

Segundo o comunicado do instituto, se trata de uma vacina RNA, elaborada pela empresa de biotecnologia BioNTech, e que contém informações genéticas para a construção da chamada proteína de espiga do CoV-2 em forma de ácido ribonucleico.

A primeira fase do estudo clínico testará respectivamente 200 voluntários, que não têm a doença, em idades entre 18 e 55 anos e com algumas variantes da vacina levemente modificada.

Depois de um período de espera para a observação dos vacinados, começará a a segunda fase do estudo clínico, que vacinará mais voluntários com as mesmas idades.

A segunda fase prevê a inclusão de voluntários com risco elevado de infecção e que podem desenvolver complicações em caso de contágio, para o qual, mais dados do estudo devem ser apresentados antes de iniciar a vacinação.

“O estudo de possíveis vacinas em pessoas é um importante passo no caminho para a produção de vacinas seguras e efetivas contra a covid-19 para a população tanto da Alemanha como no exterior”, declarou por meio de nota o PEI.

O objetivo de parte do estudo clínico autorizado agora pelo PEI é provar diferentes variantes possíveis de vacinas baseadas no ácido ribonucleico e determinar sua tolerância e capacidade de criar uma resposta imunológica ao Sars-CoV-2 e, depois, também o impacto de uma segunda vacina.

A aprovação do estudo “é o resultado de uma meticulosa avalição dos riscos e benefícios de uma potencial vacina”, assegurou o PEI.

“Disponibilizar vacinas seguras e eficazes mediante autorização prévia é um objetivo central do combate ao novo SARS-CoV-2 “, enfatizou o instituto.

Se trata da quarta autorização em todo o mundo para o estudo com pessoas para testar possíveis vacinas contra a covid-19.

“Em vista das sérias conseqüências da pandemia, é um passo importante desenvolver o mais rápido possível uma vacina eficaz e segura contra o COVID-19 na Alemanha para torná-lo disponível em todo o mundo”, destacou o PEI.

Brasil

O presidente da Sociedade Brasileira de Virologia ( SBV) e professor da Universidade Feevale, em Novo Hamburgo (RS), Fernando Rosado Spilki, criticou as ameaças contra pesquisadores que estudam a cloroquina no Amazonas e disse que os cientistas precisam de “paz de espírito” para, dentro de 30 a 45 dias, apresentarem “resultados seguros” sobre o uso de medicamentos que possam ser utilizados contra o coronavírus.

Em entrevista ao UOL, o virologista defendeu a ciência brasileira e disse que o setor está em busca de respostas eficazes contra o coronavírus. “Em nenhum momento da história recente da humanidade precisou-se de respostas rápidas da ciência como agora. Então é com muita tristeza que a gente vê isso. Os cientistas não trabalham por questões políticas”, diz.


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