Manaus
Secretaria apura denúncia de tráfico humano e trabalho escravo, em Manaus
A Sejusc apura a denúncia envolvendo 37 pessoas de uma mesma família oriunda do Maranhão que vive em condições subumanas em Manaus
Uma denúncia de suspeita de tráfico humano e trabalho escravo está sendo apurada desde ontem (05/02) pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc). O caso envolve uma uma família de 37 pessoas, entre criança, adultos e idosos, vinda da cidade de Maracaçumé (MA), estava vivendo em uma palafita em condições subumanas, na comunidade Bairro do Céu, no bairro Aparecida, zona sul de Manaus.
De acordo com a Sejusc, que que foi ao local apurar a denúncia, a família veio do Maranhão com destino a Boa Vista (RR), mas devido à proibição de viagens intermunicipais, não conseguiu chegar ao destino onde, de acordo com a família, havia a promessa de emprego.
A titular da Sejusc, Mirtes Salles, disse que todos os familiares estavam vivendo em um pequeno imóvel de dois cômodos. À equipe da pasta, os maranhenses solicitaram uma autorização para fazer uma viagem de barco até a cidade de Belém, no Pará, para conseguir retornar à cidade natal.
“São pessoas que, provavelmente, poderiam ser vítimas de tráfico humano e serem atraídas para Boa Vista para trabalho escravo. Elas dizem que tem uma família muito simples, pobre, que estaria esperando por eles lá. Uma pessoa pobre não vai esperar 37 pessoas. Então é uma história mal contada. Percebemos que eles têm muito medo, receio, de falar”, disse a gestora.
Ela informou, ainda, que está em contato com o Comitê de Crise da Covid-19, do Governo do Amazonas, para reunir os mecanismos necessários para retirar a família da situação em vulnerabilidade social que se encontra, além de conseguir levá-los de volta ao Maranhão.
Durante a averiguação da denúncia, as equipes da Sejusc deixaram kits de higiene, álcool em gel e máscaras para a família com o intuito de ajudá-los na proteção contra o novo coronavírus (Covid-19). Além disso, a Secretaria está providenciado, junto à Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS/AM), testes rápidos para Covid-19 que serão aplicados no grupo. A Secretaria ainda custeará a alimentação da família até que a situação seja resolvida.
A denúncia envolveu a atuação de três secretarias executivas da Sejusc, sendo elas de Direitos Humanos, da Criança e do Adolescente, e da Pessoa Idosa.
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