Manaus: Soma e J. Nassser ganham outra obra milionária da Prefeitura

As empresas do Consórcio Manaus, que ganharam a licitação da Prefeitura de Manaus para fazer as obras dos túneis nos cruzamentos da Avenida Constantino Nery com as rua João Valério e Pará, no valor de R$ 64,38 milhões, foram as mesmas que acabaram de ganhar a licitação para a construção do sistema viário da Avenida Max Teixeira para o Bairro Manôa, no valor de R$ 47,1 milhões, agora com o nome de Consórcio Manauara: a Construtora Soma Ltda. e a J. Nasser Engenharia Ltda.

O Despacho de Homologação da obra na Max Teixeira foi publicado no Diário Oficial do Município de Manaus (DOM) do dia 9 de setembro, assinado pelo Secretário Municipal de Infraestrutura Keltom de Aguiar Silva. O processo foi realizado pelo chamado Regime Diferenciado de Contratação. O Despacho convoca as empresas a comparecerem para assinatura do Termo de Contrato no prazo de cinco dias úteis. A obra tem prazo de duração de 360 dias.

Há cerca de dez anos, a Soma foi venceu uma licitação para recuperação de ruas do Distrito Industrial. O convênio assinado entre a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) era de R$ 87,4 milhões. Um levantamento de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) verificou irregularidades na concorrência e no contrato n° 3, de 13 de março de 2009, firmado com a Soma, no valor de R$ 65.170.972,33, como deficiência do projeto básico, irregularidade na licitação e sobrepreço. As obras foram suspensas.

A Soma é uma das empreiteiras que mais tem obras na Prefeitura de Manaus. Faz parte do consórcio Manaus, com J. Nasser Engenharia Ltda., que vai construir as duas passagens subterrâneas na avenida Constantino Nery com as ruas João Valério e Pará, estimadas em R$ 64.382.984,90.
A empresa também ganhou obras de saneamento no Igarapé do Mindu, de R$ R$ 61,9 milhões.

Em 2016, a juíza Andréa Jane Silva de Medeiros, da 5ª Vara Criminal aceitou denúncia do Ministério Público do Amazonas de irregularidades em contrato da Soma com a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), no valor de R$ 16 milhões, para obras contra erosão na periferia de Manaus. A denúncia inclui vários empresários e a ex-secretária da Seinfra Waldívia Alencar.