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Manaus: presidente do Concultura fala contra atrações nacionais às vésperas de evento com Zeca Pagodinho

Conselho tem poderes consultivos e deliberativos, e o papel de orientar as ações da Prefeitura em relação à cultura. Tem 16 conselheiros e, desde janeiro de 2012, trabalha na elaboração do Plano Municipal de Cultura.

O presidente do Conselho Municipal de Cultura de Manaus (Concultura), o escritor Márcio Souza, pediu, nesta segunda-feira, ao governador do Amazonas, Wilson Lima, que não dê dinheiro para os prefeitos do interior do Estado contratarem artistas nacionais e priorize a contratação de artistas locais. O pedido foi feito dias antes do início do Passo a Paço, evento da Prefeitura de Manaus com a presença de Roberta Miranda, Ludmilla, Sidney Magal, Fagner, Emicida, Guto Lima, Zeca Pagodinho e outras atrações nacionais.

Souza: defesa de verba para os artistas dos municípios na semana em que Prefeitura traz a Manaus atrações nacionais.

Souza foi homenageado pelo Governo do Amazonas na abertura da Semana da Pátria. No discurso, pediu que Wilson Lima não junte a Cultura e a Educação em uma única secretaria. “Fale para o seu secretário para não financiar prefeitos com verbas que eles vão gastar em besteira. Que eles usem essa verba que tem para os artistas dos municípios, promova os artistas daqui. Não precisa trazer o nome do show busines, que hoje é famoso e ano que vem já não se sabe mais quem é, gastando milhões, como recentemente aconteceu em Parintins”, disse.

Márcio Souza foi nomeado presidente do Concultura em 2013 pelo prefeito Artur Neto. O órgão tem poderes consultivos e deliberativos, e o papel de orientar as ações da Prefeitura em relação à cultura. Tem 16 conselheiros e, desde janeiro de 2012, trabalha na elaboração do Plano Municipal de Cultura.

Este ano, o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) abriu investigação sobre o contrato da Prefeitura de Parintins com a cantora Anitta, por R$ 500 mil, para ser a atração principal da festa dos visitantes do Festival Folclórico da cidade. A promotora de justiça Lilian Nara Pinheiro de Almeida chegou a dizer que os recursos gastos só com o cachê de Anitta resolveriam o problema da contaminação da água de Parintins.

O MP-AM tem recomendado a prefeituras, no Estado, que se abstenham de usar dinheiro público para custear festas e utilizem o dinheiro para investir em obrigações obrigações prioritárias e inadiáveis, como a manutenção e ampliação dos serviços essenciais de saúde, educação, saneamento e folha de pessoal.

Em agosto, o MP-AM recomendou que a prefeitura de Juruá suspendesse o contrato de R$ 848.875,00, com a empresa J. O. Santos Publicidade e Eventos (Show Mix Entretenimento) e a promotora de Justiça Adriana Monteiro Espinheira instaurou inquérito para investigar a contratação para serviços de sonorização, iluminação e de estrutura para a realização de nove eventos no período de um ano. Ela enumerou diversos problemas em Juruá que necessitam de investimentos no saneamento básico e esgotamento sanitário da cidade, uma vez que os dejetos domiciliares são despejados no rio sem qualquer tratamento.


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