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Manaus

Em 8 meses, número de mortes de motociclistas no trânsito em Manaus em 2023 já é 16,6% maior do em todo o ano de 2022

As motos foram as principais responsáveis pelos acidentes de trabalho em todo o Brasil.

De janeiro a agosto, 77 motociclistas morreram em consequência de acidentes de trânsito nas ruas de Manaus, de acordo com dados do Instituto de Mobilidade Urbana (IMM). O número é 16,6% maior do que as 66 mortes registradas em todo o ano anterior (2022) e aponta para uma média de 3 mortes de motociclistas a cada dez dias na cidade.

Dados do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), sob a gestão da Prefeitura de Manaus, indicam aproximadamente 10 mil ocorrências de acidentes de trânsito anualmente na capital amazonense. No ano de 2022, o Samu registrou 10.694 atendimentos relacionados a acidentes de trânsito.

No Brasil, as mortes em acidentes de trabalho aumentaram em 2022 e os entregadores que usam moto são os que correm mais risco. Quem trabalha com motos está mais vulnerável no trânsito. E com o crescimento do serviço de delivery, impulsionado na pandemia, são mais motociclistas circulando pelas ruas.

As motos foram as principais responsáveis pelos acidentes de trabalho em todo o Brasil. Em 2022 foram 24.642 acidentes envolvendo motociclistas no país. Segundo estimativas da Organização Internacional do Trabalho, doenças e acidentes de trabalho fazem a economia perder cerca de 4% do produto interno bruto.

Mais de 1,5 milhão em todo o país pessoas fazem entrega usando motos. Para Gilberto Almeida, presidente da Federação Brasileira dos Motociclistas Profissionais, as empresas e entregadores têm que focar na qualificação. “Você tem que ter um curso de 30 horas regulamentado pelo Detran, né? Vai na habilitação, onde nesse curso você aprende como se comportar o trânsito e todas as questões que envolvem as particularidades que o exercício da nossa atividade, que é uma atividade de risco, tem”, disse.

“A moto, a gente brinca que ela não tem o para-choque, o para-choque é o próprio paciente. Ele pode ter um trauma torácico, trauma crânioencefálico, além da fratura. Então são pacientes que eles têm uma reabilitação mais demorada, até mesmo pela complexidade”, alerta Gustavo.


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