Economia
Venda de livros cai pelo segundo mês consecutivo e preço segue em alta, mostra pesquisa
Desaceleração já preocupa o mercado editorial, que decresceu 8,82% em volume e 2,34% em faturamento desde o início do ano.
A venda de livros no país registrou queda pelo segundo mês consecutivo. O preço, porém, continua em alta. Segundo o Painel do Varejo de Livros no Brasil, pesquisa realizada pela Nielsen Book e divulgada nesta quarta-feira (15) pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), entre 30 de janeiro e 26 de fevereiro deste ano, a venda de títulos caiu 12,93% em comparação com o mesmo período de 2022. Já o faturamento do setor editorial teve queda de 7,61%.
De acordo com a pesquisa, no período analisado, foram vendidos 600 mil livros a menos do que entre 31 de janeiro e 27 de fevereiro de 2022: 4,03 milhões contra 4,63 milhões. O faturamento caiu de R$ 210,94 milhões para R$ 194,88 milhões. O preço do livro subiu 6,10% no período, enquanto o desconto médio caiu 3,69%.
No acumulado do ano, o mercado editorial já decresceu 8,82% em volume e 2,34% em faturamento em comparação com o mesmo período de 2022. Este ano, o preço do livro já subiu 7,10%.
Presidente do SNEL, Dante Cid, afirma que o “evidente declínio do período vem confirmar as preocupações demonstradas pelo setor com o cenário econômico”. “Ainda é cedo para estabelecermos uma tendência de médio prazo, mas será fundamental que o PIB apresente sinais de crescimento sustentado”, completou.
Ismael Borges, da Nielsen Book, aposta que o ano será “desafiador” para a indústria do livro e aponta “a queda expressiva de vendas em volume e valor”, “o preço médio acima da inflação” e “a bibliodiversidade caindo quase dois dígitos” (o número de títulos diferentes vendidos diminuiu 9,86% em fevereiro). No entanto, ele faz uma ressalva. “Vale sempre lembrar que estamos fazendo comparações com bases bastante altas, já que 2022 começou muito forte”, diz ele, em referência ao bom desempenho do setor na pandemia. “A expectativa é que no decorrer dos períodos os números possam se equalizar”, afirma.
As informações são do jornal O Globo.
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