Economia
Tragédia no RS derruba produção de veículos no Brasil em 26,8% em maio, diz Anfavea
O balanço da Anfavea mostra ainda que 1.294 vagas de trabalho foram abertas no mês passado nas montadoras, que empregam 103.299 pessoas.
A produção de veículos no Brasil caiu 26,8% no mês passado, na comparação com maio de 2023, conforme balanço divulgado nesta sexta-feira, 7, pela Anfavea, a associação que representa as montadoras. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, foram produzidas 166,7 mil unidades – uma queda forte também na comparação com abril, de 24,9%.
Com o resultado do mês passado, a produção acumulada desde o início do ano chega a 926,8 mil veículos, 1,7% abaixo do total produzido nos cinco primeiros meses de 2023.
O desempenho no mês foi afetado pelas enchentes no Rio Grande do Sul, que paralisaram por 12 dias a fábrica da General Motors (GM) em Gravataí, onde é produzido o Onix, um dos carros mais vendidos do País. A interrupção no fornecimento de peças produzidas no Estado também levou a Volkswagen a suspender nas duas últimas semanas do mês a produção de automóveis em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e Taubaté, interior paulista.
Houve também impacto nas vendas, já que o Rio Grande do Sul representa em torno de 5% do mercado de carros. Com o fechamento de concessionárias em regiões que sofreram as inundações, as vendas de veículos no País recuaram 12% na passagem de abril para maio.
Ainda assim, os 194,3 mil veículos vendidos no mês passado superaram em 10% o volume de maio de 2023. No acumulado desde janeiro, o crescimento frente a igual período do ano passado agora está em 14,9%, com 929,7 mil unidades emplacadas nos cinco primeiros meses.
As exportações, por outro lado, não mostram reação, somando 26,8 mil veículos em maio, 41,4% abaixo do mesmo mês de 2023. Na margem – ou seja, de um mês para o outro -, os embarques caíram 2,1%.
De janeiro a maio, 136,3 mil veículos foram exportados, o que corresponde a um recuo de 29,7%, sendo que nos últimos meses o desempenho também foi prejudicado pela demora nas licenças de embarque, dada a operação-padrão de servidores do Ibama e de auditores fiscais agropecuários.
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