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Economia

Total de resgates no trabalho infantil cresceu quase 10% em 2023, informa ministério

A maioria (89%) das crianças e adolescentes foram resgatadas de situações elencadas na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil.

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A Auditoria Fiscal do Trabalho resgatou 2.564 crianças e adolescentes de situações de trabalho infantil em 2023, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O número representa um aumento de cerca de 9% em relação à quantidade de resgates realizados no ano passado, 2324.

Conforme divulgado pelo MTE, das 2.564 crianças e adolescentes resgatados, 1.923 são meninos e 641 meninas. Segundo o órgão, 1.518 ações de fiscalização do trabalho infantil foram realizadas em 2023.

A maioria (89%) das crianças e adolescentes foram resgatadas de situações elencadas na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil, como trabalho na construção civil, venda de bebidas alcoólicas, coleta de lixo e oficinas mecânicas. Na lista, são enquadradas situações de trabalho que causam graves riscos ocupacionais e à saúde das crianças e dos adolescentes.‌

Com 372 casos, o Mato Grosso do Sul foi o estado com mais resgates registrados no ano passado. Confira abaixo a lista de estados com mais casos de resgates de exploração do trabalho infantil em 2023:

Mato Grosso do Sul – 372
Minas Gerais – 326
São Paulo – 203
Ceará – 201
Rio Grande do Sul – 197
Espirito Santo – 196
Pernambuco – 139
Maranhão – 136
Bahia – 105
Roraima – 101

Os menores resgatados foram encaminhados para a rede de proteção à criança e adolescente que promove a inclusão em políticas públicas de proteção social.

Trabalho infantil voltou a crescer em 2023

Dados da pesquisa “Pnad Contínua Trabalho de Crianças e Adolescentes”, divulgada pelo IBGE no ano passado, mostram que o trabalho infantil voltou a crescer no Brasil em 2023. Do total de 38,3 milhões de crianças e adolescentes no Brasil em 2022, 1,9 milhão delas exerciam algum tipo de trabalho fora das condições permitidas por lei.

Com esses números, o Brasil retornou ao patamar de 2017. Naquele ano, assim como em 2022, 4,9% das crianças e adolescentes com 5 a 17 anos trabalhavam. É o segundo maior nível da série, iniciada em 2016. O maior patamar foi alcançado no primeiro ano da pesquisa (5,2%).


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