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Economia

Setor de festas e eventos volta a crescer depois da pandemia

Mercado sofreu forte baixa em 2020

Foto: Reprodução

Após enfrentar desafios significativos nos últimos dois anos devido à pandemia de Covid-19, o setor de eventos de cultura e entretenimento voltou a crescer em 2022. De acordo com a ANOEEP (Associação Nacional de Organizadores de Eventos Empresariais e Profissionais), os anos de 2020 e 2021 foram marcados por um prejuízo de aproximadamente R$ 230 bilhões, com 97% das empresas desse segmento enfrentando impactos adversos e mais de 350 mil festivais e eventos culturais sendo cancelados.
No ano passado, o setor registrou um crescimento de 400% em relação a 2020, representando uma contribuição de 4,32% para o PIB (Produto Interno Bruto) do país. Conforme o levantamento, a associação também apontou que, no ano anterior, o setor de eventos gerou receitas significativas para os cofres federais. No total, foram contabilizados R$ 4,65 bilhões em impostos federais, juntamente com R$ 75,4 bilhões em consumo e uma massa salarial total de R$ 2,97 bilhões.
A ANOEEP destacou ainda que, dentre os mais de 2 milhões de empregos criados no Brasil durante o período de janeiro a setembro do ano passado, aproximadamente 230 mil estavam indiretamente ligados ao âmbito dos eventos, constituindo um núcleo setorial dinâmico. Além disso, o setor de eventos específico viu a geração de 14.262 empregos, representando aumentos percentuais significativos de 10,7% e 0,7%, respectivamente.
Com relação aos profissionais envolvidos nesse setor, a maioria deles se concentra no centro setorial, abrangendo cerca de 6,2 milhões de indivíduos distribuídos em 52 diferentes áreas. Isso inclui desde empresas de infraestrutura e equipamentos para eventos até serviços de produção audiovisual e catering. A influência desse setor se estende até cadeias produtivas como o transporte aéreo, locação de veículos e hospedagem, demonstrando sua interconectividade e importância para a economia empreendedora do país.
Empreendedorismo no setor de festas e eventos
Segundo a advogada, empreendedora serial e mentora de mulheres empreendedoras, Andressa Gnann, durante a pandemia foi um período difícil em vários segmentos. Porém, para o setor de festas e eventos, foi ainda mais complicado. ‘Após a vacinação e o retorno gradual dos eventos, festas e encontros com os amigos foram retomando e com mais intensidade e frequência. Depois disso, o setor voltou a crescer e acredito que permanecerá em ritmo acelerado, pois é costume e tradição dos brasileiros realizar muitas comemorações’, considera.
Gnann ressalta que há inúmeras formas de empreender na área de festas e eventos. Porém, a advogada e empreendedora serial completa que é necessário ter uma visão ampla do setor para conseguir identificar as melhores oportunidades de acordo com cada realidade e se destacar do mercado. ‘Eu gosto de ensinar empreendedoras a identificarem as oportunidades que estão dentro de sua realidade, para que possam se destacar no mercado, bem como, multiplicar os resultados por meio de uma gestão empresarial’, salienta.
No momento, a empreendedora serial e mentora de mulheres empreendedoras informou que em 2024 irá promover imersões para mulheres que atuam na área e estão buscando profissionalização e destaque no mercado. Gnann aduz que suas alunas e mentoradas aprendem não somente a empreender, mas também a como multiplicar o seu negócio, gerando mais empregos e aumentando seu faturamento. ‘Empreender na área de festas possibilita conciliar a maternidade com o trabalho. Atualmente, acontece que muitas mulheres, por falta de conhecimento em negócios, possuem a rentabilidade baixa ou não estão satisfeitas com seu trabalho’, analisa.
O cenário de retomada indicado pelos levantamentos da ANOEEP, com destaque para o crescimento do setor e impacto no PIB, também exige atenção quanto às estratégias aplicadas para que empresas consigam lidar com o alto volume de demandas. A especialista observa que a falta de conhecimento em negócios deixa as profissionais sobrecarregadas e impossibilitadas de aumentar os rendimentos, pois não conseguem enxergar formas de expansão. ‘Por isso, meu objetivo é ajudar essas mulheres a enxergarem além e a conseguirem multiplicar os seus negócios’, finaliza.
As informações são do O Dia.

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