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Economia

Selic cai pela sexta vez e influencia rendimento da caderneta de poupança, informa financeira

A poupança, no entanto, oferece uma rentabilidade menor que outras modalidades de investimento, como o CDB e fundos de renda fixa, por exemplo.

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A taxa básica de juros do país, a Selic, cai pela sexta vez consecutiva, de 11,25% para 10,75% ao ano, após reunião do Copom desta quarta-feira. E como fica a rentabilidade da caderneta de poupança?

O rendimento da poupança funciona da seguinte forma: quando a Selic está abaixo de 8,5% ao ano, a aplicação rende 70% do valor da taxa básica mais a Taxa Referencial (TR), uma taxa calculada pelo Banco Central que leva em conta, entre outros fatores, o próprio patamar da Selic.

Já quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a poupança passa a render 0,5% ao mês mais a TR. No momento, com a Selic a 10,75%, a poupança fica com uma rentabilidade de 7,73% ao ano.

Desconsiderando a inflação, seria equivalente a um ganho real de 3,07%. Veja na tabela interativa abaixo um simulador da rentabilidade da poupança daqui para a frente, com base em projeções do C6 Bank:

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No entanto, João Acar, do C6 Bank, ressalta que a poupança oferece uma rentabilidade menor que outras modalidades de investimento, como o CDB e fundos de renda fixa, por exemplo.

— É necessário esperar que a Selic esteja em um patamar próximo a 8,5% ao ano para que a poupança fique um pouco mais atrativa. Enquanto ela rende cerca de 7% bruto ao ano, um título público que paga o valor da inflação mais 5,5% ao ano é mais rentável. Apesar de a poupança não ter Imposto de Renda sobre os ganhos, o rendimento ainda é muito baixo com relação à inflação — demonstra Acar.

Renda variável em alta

Rafael Haddad, do C6 Bank, explica que uma taxa de juros mais baixa tende a favorecer os investimentos em renda variável, como ações na Bolsa, já que os ativos de renda fixa (como títulos do Tesouro) atrelados à Selic tendem a render menos. Ele destaca que os juros menores também acabam sendo um incentivo para que os investidores peguem dinheiro emprestado para aplicar no mercado, favorecendo os investimentos em Bolsa ou em fundos de ações, por exemplo.

— Setores influenciados pelos juros, como o imobiliário, educacional, varejo e construção civil tendem a ser beneficiados, e os investimentos no exterior também — ele afirma, citando segmentos de empresas cujas ações podem se valorizar no quadro de manutenção do ciclo de queda dos juros.

Ele também destaca a diminuição da diferença entre a taxa de juros no Brasil e nos Estados Unidos, o que favorece a saída de capital.


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