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Economia

Reajuste de 5% desagrada servidores federais, que perderam 20% do poder de compra em 3 anos

O prazo para aumento de despesas com pessoal em ano eleitoral só pode ser feita até 30 de junho, 6 meses do final do mandato.

No Banco Central, servidores contestam o reajuste. (Foto:Cristiano Mariz_O Globo)

Entidades que representam o funcionalismo federal ficaram insatisfeitas com a proposta de reajuste linear de 5% anunciado pelo governo, e afirmam que percentual não deve reduzir o fluxo de mobilizações. Categorias que compõem o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) pleiteiam recomposição de 19,9%, percentual das perdas inflacionárias entre janeiro de 2019 e dezembro de 2021.

O secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, lamenta o tratamento dado aos servidores com o percentual apresentado pelo governo:

— É lamentável a falta de comunicação e compromisso com os servidores federais. Estamos há meses demandando a abertura de uma mesa de negociação com o governo, que vem fazendo vista grossa. Se tivesse ao menos a dignidade de sentar e discutir prognósticos e números com as categorias — afirma.

O presidente do Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, entende que há uma estratégia do governo federal em conter os ânimos e que, depois do reajuste de 5%, deve enviar algumas medidas provisórias para reestruturas pontuais de carreiras e que deve manter o compromisso feito com as categorias da segurança.

Ele lembra que o prazo para aumento de despesas com pessoal em ano eleitoral só pode ser feita até 30 de junho, 6 meses do final do mandato. É nesse período, segundo o presidente do Fonacate, que haverá recrudescimento das mobilizações:

— Se ele aplicar esse valor, vai causar mais indignação. As carreiras que têm poder de pressão e já vêm se articulando, como Controladoria-Geral da União, Receita Federal, Banco Central e Superintendência de Seguros Privados (Susep), devem continuar.

O presidente do Sindicato dos Servidores do Banco Central (Sinal), Fabio Faiad, reconheceu o avanço nas discussões do governo, que agora anunciam reajuste a todas as categorias, ao invés de conceder aumento apenas às categorias policiais, como vinha prometendo o presidente. No entanto, afirma que o percentual não é suficiente para arrefecer a greve dos servidores:

— Para os servidores do Banco Central, o índice é pequeno, haja vista que, só no governo Bolsonaro, as perdas são superiores a 20%. Nosso indicativo é contrário. Vamos continuar em greve até que o governo apresente um índice melhor que esse (de 5%).

A informação é do site Extra.


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