Economia
‘Qual é o problema agora que a energia vai ficar um pouco mais cara ?’, indaga Guedes
Ministro da Economia lançou a pergunta durante o lançamento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo. Guedes garantiu que o Brasil vai vencer a crise.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, questionou qual seria o problema de a “energia ficar um pouco mais cara porque choveu menos”. De acordo com o ministro, o país conseguiu se organizar em meio à pandemia, então não haveria razão para “ter medo”.
A alta no preço da energia é consequência da crise hídrica que afeta os reservatórios das usinas hidrelétricas. O Brasil enfrenta a pior estiagem dos últimos 91 anos e nesta quarta (25) o governo federal anunciou medidas para estimular a redução do consumo de energia elétrica no país.
“Se ano passado que era um caos, nos organizamos e atravessamos, por que vamos ter medo agora? Qual é o problema agora que a energia vai ficar um pouco mais cara porque choveu menos?”, disse Guedes durante o lançamento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, na Câmara dos Deputados, nesta quarta (25).
A energia elétrica exerceu o maior impacto individual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta quarta (25), respondendo sozinha por 0,23 ponto percentual no índice do mês. E, segundo o blog da Ana Flor, o patamar 2 da bandeira tarifária vermelha da conta de luz deve aumentar ainda mais a partir de setembro.
Para o ministro, o Brasil irá “enfrentar essa crise”. Segundo Guedes, a falta de chuvas vai causar “perturbação”, que pode levar a inflação um “pouquinho pra cima” e o Banco Central (BC) terá que “correr um pouco” para conter o aumento.
“Vamos ter que enfrentar o problema do choque hídrico, isso vai causar perturbação, empurra inflação um pouquinho pra cima, BC tem que correr um pouco mais atrás da inflação, mas nós vamos enfrentar essa crise”, disse Guedes.
Aumentos
Puxada pelo aumento de 5% no preço da energia elétrica, a prévia da inflação ficou em 0,89% em agosto. É o maior número para o mês de agosto desde 2002, quando atingiu 1%. No ano, o indicador acumula alta de 5,81%. Em 12 meses, de 9,30%. Os dados foram divulgados na 4ª feira (25.ago) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A bandeira tarifária vermelha patamar 2 vigorou nos meses de julho e agosto. A partir de 1º de julho, houve reajuste de 52% no valor adicional da bandeira, que passou a cobrar R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos (frente a R$ 6,243 em junho).
Com informações do G1.
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