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Economia

Prévia da inflação desacelera para 0,39% em junho; no ano tem alta de 2,52% , aponta IBGE

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,52%. Em 12 meses, o índice registra avanço de 4,06%, acima dos 3,70% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

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O preço de alimentos é um dos que tem pressionado a inflação este ano.(Foto:Reprodução)

Considerado a prévia da inflação do país, o IPCA-15 desacelerou de 0,44% em maio para 0,39% em junho. Apesar disso, os preços de alimentos e bebidas subiram 0,98% no mês e registraram a maior alta desde janeiro (1,53%). É o que apontam os dados divulgados nesta quarta-feira (dia 26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,52%. Em 12 meses, o índice registra avanço de 4,06%, acima dos 3,70% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Alimentos mais caros

O preço de alimentos é um dos que tem pressionado a inflação este ano. Os efeitos do fenômeno climático El Niño, além da tragédia no Rio Grande do Sul e da recente alta do dólar, tem feito analistas elevarem as expectativas para a inflação de produtos alimentícios este ano.

Para se ter ideia do impacto, o grupo Alimentação e Bebidas acelerou de 0,26% em maio para 0,98% em junho. A alimentação no domicílio, por sua vez, saltou de 0,22% em maio para alta de 1,13% em junho. Itens como batata-inglesa, leite longa vida, arroz e tomate foram os que mais subiram de preço no período. No lado das quedas, destacam-se o feijão carioca, a cebola e as frutas.

Comer fora de casa também ficou mais caro. A alimentação fora do domicílio acelerou em relação ao mês de maio (de 0,37% para 0,59%), em virtude das altas do lanche e da refeição.

Veja a variação dos grupos em junho

Alimentação e bebidas: 0,98%
Habitação: 0,63%
Artigos de residência: -0,01%
Vestuário: 0,30%
Transportes: -0,23%
Saúde e cuidados pessoais: 0,57%
Despesas pessoais: 0,25%
Educação: 0,05%
Comunicação: 0,17%

O grupo Habitação registrou a segunda maior alta, com avanço de 0,63%. O aumento foi puxado, principalmente, pelas taxas de água e esgoto que subiram 2% no mês diante de reajustes em São Paulo, Brasília e Curitiba. Já a energia elétrica residencial subiu 0,79% no período, fruto de reajustes tarifários em Salvador, em Recife, em Fortaleza e em Belo Horizonte.

Saúde

Em seguida ficou o grupo Saúde e Cuidados Pessoais, com alta de 0,57%, influenciado pelos reajustes dos planos de saúde. O grupo Transportes, por sua vez, registrou queda de 0,23%. Houve retração de 10% nos preços da passagem aérea, seguido dos combustíveis, com recuo de 0,22%.

O período de coleta do IPCA-15 foi do dia 16 de maio a 14 de junho. Trata-se da segunda pesquisa a captar os efeitos das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul. As enchentes começaram no dia 27 de abril e se intensificaram no início de maio.


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