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Economia

Preço dos alimentos puxa IPCA-15 para 0,95%, o maior índice para o mês de março desde 2015

Em 12 meses, índice atingiu 10,79%, acima dos 10,76% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

O destaque é a alta dos alimentos e bebidas. (Foto: Leo Martins/O Globo)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,95% em março, após ter registrado taxa de 0,99% em janeiro, segundo divulgou nesta sexta-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da maior variação para um mês de março desde 2015 (1,24%).

Em 12 meses, a inflação atingiu 10,79%, acima dos 10,76% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

O que mais pesou

Na passagem de fevereiro para março, houve alta em todos os 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, com destaque para a alta dos alimentos e bebidas (1,95%), que respondeu por 0,40 ponto percentual do IPCA-15 do mês.

Em transportes, os preços da gasolina subiram 0,83% – subitem de maior peso no IPCA-15. Ocorreram altas também nos preços do óleo diesel (4,10%) e do gás veicular (5,89%). O etanol foi a exceção, com queda de 4,70%.

A alta reflete em parte o reajuste de até 24,9% nos combustíveis anunciado pela Petrobras e que entrou em vigor no dia 11 de março. Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados pelo IBGE no período de 12 de fevereiro a 16 de março.

Outro destaque de alta foram nos preços das passagens aéreas (-7,55%), cujos preços caíram pelo terceiro mês consecutivo.

Meta para o ano e projeções

A média das expectativas do mercado para a inflação fechada de 2022 está atualmente em 6,59%.

No dia anterior, o Banco Central elevou de 4,7% para 7,1% a estimativa de inflação para este ano, calculada com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Com isso, o BC admitiu que a meta de inflação deve ser superada pelo segundo ano seguido em 2022.

Em 2021, ao somar 10,06%, a maior inflação em seis anos, a meta já havia sido ultrapassada.

Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,5% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 2% e 5%. Para alcançá-lo, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia, que está atualmente em 11,75% ao ano. E a Selic deve continuar a subir, atingindo 12,75%, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em maio, segundo sinalização do BC.

Nesta semana, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a guerra na Ucrânia levará o mundo a um período “relativamente longo” com a inflação maior e o crescimento econômico mais baixo. Segundo ele, a inflação no Brasil deve atingir o pico no mês de abril.

Para 2023, os economistas estimam em 3,75% a taxa de inflação e Selic a 13%. Para o próximo ano, a meta foi fixada 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

 

A informação é do g1.


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