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Economia

PIB brasileiro encolhe 0,1% no segundo trimestre após 3 altas consecutivas, informa IBGE

A economia brasileira avançou 6,4% no primeiro semestre. No acumulado de 12 meses, o PIB registra alta de 1,8%.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve queda de 0,1% no segundo trimestre do ano, em relação ao primeiro trimestre. Esse resultado indica estabilidade e vem depois de três trimestres positivos seguidos de crescimento da economia. Em valores correntes, o PIB, que é soma dos bens e serviços finais produzidos no país, totalizou R$ 2,1 trilhões no segundo trimestre deste ano. Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, a economia brasileira avançou 6,4% no primeiro semestre. No acumulado de 12 meses, o PIB registra alta de 1,8%.

Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, período em que o país foi mais afetado pela primeira onda da covid-19, a economia cresceu 12,4%.

O PIB continua no patamar do fim de 2019 ao início de 2020, período pré- pandemia, e ainda está 3,2% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica na série histórica, alcançado no primeiro trimestre de 2014.

O desempenho da economia no trimestre vem do resultado negativo da agropecuária (-2,8%) e da indústria (-0,2%). Entre as atividades industriais, o desempenho foi puxado pelas quedas de 2,2% nas Indústrias de Transformação e de 0,9% na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos.

Essas quedas compensaram a alta que houve de 5,3% nas Indústrias Extrativas e 2,7% na Construção. Por outro lado, os Serviços cresceram 0,7% no segundo trimestre. Uma coisa acabou compensando a outra. A agropecuária ficou negativa porque a safra do café entrou no cálculo.

Isso teve um peso importante no segundo trimestre. A safra do café está na bienalidade negativa, que resulta numa retração expressiva da produção.

Nos serviços, os resultados positivos vieram de quase todas as atividades: informação e comunicação (5,6%), outras atividades de serviços (2,1%), comércio (0,5%), atividades imobiliárias (0,4%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,3%) e transporte, armazenagem e correio (0,1%). Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,0%) ficou estável.

A estabilidade do PIB no segundo trimestre também reflete o consumo das famílias, que não variou no período (0,0%), ainda impactado pelos efeitos da segunda onda da pandemia no país.
Já o consumo do governo teve alta de 0,7%. Os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) recuaram 3,6% no período.

O resultado do PIB no segundo trimestre pode alterar as previsões para o crescimento da economia ao final do ano. A expectativa do mercado financeiro é de que o PIB brasileiro tenha crescimento de 5,22% em 2021, de acordo com o último Boletim Focus, divulgado na segunda-feira (30) pelo Banco Central.

A projeção está acima da expectativa do próprio Banco Central, que prevê que a economia brasileira cresça 4,6% este ano.


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