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Economia

Petrobras aumenta gasolina em 10% nas refinarias a partir desta terça

No acumulado do ano, queda no valor do combustível ainda é de 24%.

A Petrobras elevará os preços médios da gasolina em suas refinarias em 10% a partir desta terça-feira (9), enquanto as cotações do diesel seguirão estáveis, informou a companhia nesta segunda-feira, por meio da assessoria de imprensa.

O reajuste é o primeiro anunciado pela Petrobras em junho e segue-se a quatro aumentos consecutivos aplicados pela empresa para a gasolina em maio.

A estatal defende que sua política de preços busca seguir valores de paridade de importação, que levam em conta os valores no petróleo no mercado internacional mais custos de importadores, como transporte e taxas portuárias, com impacto também do câmbio.

“Consideramos o aumento coerente, tanto em intensidade como em momentum, com o movimento internacional do barril. O preço do Brent ultrapassou os US$ 40 de forma mais célere que aquela que a companhia previa”, disse o analista da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman.

Favorecimento ao etanol

A alta da gasolina na refinaria também é uma boa notícia para produtores de etanol no Brasil. Em entrevista à Reuters, o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Antonio de Padua Rodrigues, comentou que as altas de preços realizadas pela Petrobras ajudam o setor, que também enfrenta queda na demanda.

“Isso mostra que a gasolina está trazendo melhor competitividade para o etanol hidratado”, disse Padua, ao comentar o reajuste anunciado nesta segunda-feira pela estatal.

O aumento na gasolina vem após um salto de mais de 19% na última semana nas cotações do petróleo Brent, referência internacional, em meio a movimentações da Opep para manter cortes de oferta, e algum otimismo com a recuperação econômica nos Estados Unidos e na China depois de impactos da pandemia de coronavírus.

No câmbio, por outro lado, o dólar tem caído na comparação com o real nos últimos dias, e operava abaixo de R$ 5 nesta segunda-feira, após ter chegado à casa dos R$ 5,80 na metade de maio. O dólar mais fraco favorece importações.


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