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Economia

Pesquisa Quaest: 47% do mercado financeiro avalia governo Lula como negativo; 41% como regular

A avaliação negativa do governo Lula avançou 3 pontos percentuais com relação ao último levantamento, divulgado em julho.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é avaliado como negativo por 47% do mercado financeiro, ante 12% que o avaliam positivamente, e 41% como regular, de acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira (19).

A avaliação negativa do governo Lula avançou 3 pontos percentuais com relação ao último levantamento, divulgado em julho. Na ocasião, 20% avaliaram o governo positivamente, e 36% como regular.

Para concluir a pesquisa desta terça-feira (19), a Quaest ouviu 87 fundos de investimentos com sede em São Paulo e no Rio de Janeiro entre os dias 13 e 18 de setembro. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevistas online através da aplicação de questionários estruturados.

95% acredita que governo não conseguirá zerar déficit em 2024

Para 95% do mercado financeiro, o governo não conseguirá zerar o déficit primário no ano que vem. Apenas 5% dos 87 profissionais de fundos de investimentos ouvidos esperam cumprimento da meta fiscal em 2024.

Mesmo que todas as medidas anunciadas pelo governo para turbinar a arrecadação em 2024 sejam aprovadas, apenas 14% dos entrevistados esperam que o pacote leve à zeragem do rombo nas contas públicas.

Já 86% afirmam que a meta fiscal será descumprida independentemente do pacote de aumento das receitas.

Entre as medidas, a taxação de fundos exclusivos é considerada a de mais fácil avanço no Congresso: 46% dos entrevistados veem alta probabilidade de que ela seja aprovada.

Já a aprovação do fim da dedutibilidade dos juros sobre capital próprio (JCP) é vista como “muito provável” por apenas 27%.

Caso o governo não consiga aprovar o pacote, a maioria do mercado (53%) espera que o Executivo busque novas medidas com efeito imediato de aumento da arrecadação. Outros 37% esperam abandono da meta de déficit zero, e 10% preveem aumento das alíquotas de impostos.

Confiança

Além da piora na avaliação sobre o desempenho de Haddad, agentes do mercado também diminuíram a confiança no ministro: entre julho e setembro, a proporção dos que dizem confiar pouco ou nada no titular da Fazenda avançou de 40% para 48%, enquanto os que dizem confiar muito caíram de 13% para 10%.

Em contrapartida, a confiança em Lula ficou praticamente estável: os que dizem confiar pouco ou nada no presidente passaram de 95% em julho para 91% em setembro, e os que afirmam confiar muito oscilaram de 1% para 2%. A razão dos que confiam mais ou menos no mandatário passou de 1% para 2% no período.

A pesquisa ouviu 87 profissionais de fundos de investimentos sediados em São Paulo e no Rio de Janeiro.


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