Economia

Pesquisa aponta que 76% dos brasileiros apoiam aumento de imposto para quem ganha acima de R$ 50 mil

Os dados foram divulgados pelo jornal Folha de São Paulo

Redação
10/04/25

Sete em cada dez (76%) brasileiros apoiam um aumento da cobrança do Imposto de Renda para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, segundo uma pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (dia 10). Por outro lado, 20% dos entrevistados desaprovam a medida.

O resultado se manteve estável na comparação com os resultados de outra edição da pesquisa realizada em dezembro, quando 77% aprovavam o aumento da tributação dos maios rico.

Os empresários são os que menos apoiam a taxação, com 54% de aprovação no grupo.

Em relação à possibilidade de aprovação da proposta, 49% não acreditam em sua aprovação no Congresso. Já a outra metade (47%) acreditam na validação do imposto mínimo de 10%. Atualmente, a medida enfrenta resistência por parte dos parlamentares.

O projeto prevê a tributação mínima das altas rendas, ampliando a receita com a cobrança de imposto de rendimentos isentos, como dividendos de empresas (parte do lucro distribuída aos acionistas), acima de R$ 600 mil (o equivalente a R$ 50 mil por mês).

Atualmente, há isenção de tributos em alguns rendimentos, como lucros e dividendos. Como costumam ter suas rendas concentradas nessas fontes de rendas, contribuintes com rendas elevadas acabam sendo proporcionalmente menos tributados do que os assalariados.

Aprovação de isenção do IR

Ainda segundo o Datafolha, 70% dos brasileiros aprovam a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Outros 26% são contrários a mudança.

O texto, que agora será analisado pelos parlamentares, zera o imposto de renda até R$ 5 mil e cria desconto parcial para aqueles que recebem entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, reduzindo o valor pago atualmente. Se aprovada pelos parlamentares, a medida entra em vigor no ano que vem.

A perda de arrecadação, que chegará a R$ 27 bilhões por ano, será compensada pelo aumento da taxação dos mais ricos.

As informações são do Extra.