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Economia

Pesquisa aponta principais razões para pedidos de demissão no país. Confira

Somente de janeiro a junho deste ano, já foram 4,3 milhões de pedidos, o que representa 36% dos desligamentos

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Em 2023, 7,4 milhões de trabalhadores brasileiros pediram demissão de seus empregos. Neste ano, somente de janeiro a junho, já foram 4,3 milhões de solicitações, o que representa 36% do total de desligamentos ocorridos no período. De acordo com um levantamento inédito feito pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), as principais motivações para os pedidos de desligamentos vão desde ter outro emprego em vista e salário baixo até estresse ou problemas éticos.

A pesquisa, que contou com a participação de 53.692 trabalhadores que solicitaram desligamento de suas empresas entre novembro de 2023 e abril de 2024, foi feita a pedido do ministro da pasta, Luiz Marinho. O objetivo era compreender os motivos do aumento dos desligamentos, conforme informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O levantamento apontou que, dos que pediram demissão, 36,5% já tinham outro emprego em vista, 32,5% tinham como motivação o baixo salário, e 24,7% indicaram que seu trabalho não era reconhecido.

Problemas éticos com a forma de trabalho da empresa (24,5%), bem como questões com a chefia imediata (16,2%) e inexistência de flexibilidade na jornada (15,7%) também foram citadas. Além disso, 23% dos trabalhadores apontaram adoecimento mental por estresse no trabalho.

“É importante observar que não foram constatadas motivações de desligamento da empresa muito diferentes por sexo, faixa etária, raça e etnia e regiões do país”, ressalta a subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho do MTE, Paula Montagner, que conduziu o levantamento.

Dados do Caged de janeiro a junho de 2024 indicam que 58% dos que pediram demissão por ter outro emprego em vista tinham sido admitidos em vínculos celetistas, e 42% não tiveram nova admissão verificada. O maior número de desligamentos a pedido ocorreu em abril, com 740.778, enquanto junho registrou 710.199, e maio, 674.389.

O levantamento do MTE verificou que 71% dos trabalhadores que pediram demissão não tinham apoio familiar ou renda própria, mas mesmo assim arriscaram sair do emprego. Do total de demissionários, 76% estavam satisfeitos com seu pedido de desligamento, apenas 14% não estavam satisfeitos, e 10% ainda não sabiam avaliar.

A pesquisa apontou que as mulheres relatam mais problemas com chefias imediatas (17%) e flexibilidade na jornada (17%) do que os homens. Elas ainda citam o adoecimento mental provocado pelo estresse do trabalho (29%) mais do que os profissionais do sexo masculino (18%).

“Como esperado, mulheres mencionam mais o cuidado com crianças e outros membros da família (13%) em comparação aos homens (6%)”, explica Paula.

Entre os jovens
Já os mais jovens citam mais problemas com a ética e a forma de trabalho da empresa. Problemas com chefias imediatas e falta de flexibilidade também são apontados, mas com menos frequência. Dificuldades de mobilidade para chegar ao trabalho aparecem mais fortemente em São Paulo.

Além das mulheres, o adoecimento mental por estresse no trabalho é mais citado por jovens, indígenas, pretos e pardos.

Com informações do site Extra


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