Economia
Natal: Mesmo com alta de compras on-line, 75% dos consumidores preferem lojas físicas, diz CNDL
Os consumidores pretendem gastar, em média, R$ 138 com cada presente, e comprar entre três e quatro produtos, de acordo com a pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
A tradição dos presentes de Natal deve levar mais de 132,9 milhões de brasileiros às compras neste ano. Entre os locais preferidos dos consumidores para adquirir os presentes, 76% são lojas físicas, com destaque para lojas de departamento (38%) e shoppings (31%).
Entre os que vão comprar pela internet, 78% querem utilizar sites — principalmente os internacionais, como Shopee, Shein, Alibaba e Amazon. Os aplicativos devem ser buscados por 70% desses consumidores; já as vendas pelo Instagram, 19%.
Os consumidores pretendem gastar, em média, R$ 138 com cada presente, e comprar entre três e quatro produtos. O resultado esperado é de uma movimentação varejista de R$ 74,6 bilhões na economia do país.
A previsão é de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas.
“A gente percebe que a cada dia a gente tem um consumidor mais multicanal, aquele consumidor que não centraliza as compras em um tipo de loja, e ele transita com uma certa naturalidade entre lojas físicas e lojas virtuais”, afirmou Daniel Sakamoto, gerente Executivo da CNDL.
Um exemplo citado por Sakamoto é do consumidor que realiza a pesquisa de preços na internet e depois realiza a compra na loja física para evitar custo ou demora com o frete do produto.
“E temos o contrário: aquele consumidor que vai na loja física, olha, pega, experimenta os produtos, depois volta pra casa e compra online, buscando condições de pagamento melhores ou custos menores”, completou o gerente.
Quem deve ganhar os presentes
O maior beneficiado dessas compras deverá ser o próprio consumidor. Presentear a si mesmo é a intenção de 104,6 milhões de brasileiros neste Natal, diz a pesquisa. O número corresponde a 64% dos consumidores que pretendem comprar presentes.
Já em relação a presentes para terceiros, 60% também querem surpreender os filhos, 48% as mães, 44% os cônjuges e 28% os irmãos.
A pesquisa ainda prevê que os filhos devem receber os presentes mais caros dos pais (29%), baseado na intenção do consumidor. Logo depois estão os cônjuges, com 19%, e as mães, com 15%.
Segundo o levantamento, as roupas são os produtos mais buscados para dar de presente no Natal de 2023, sendo a escolha de 60% dos consumidores. Em seguida, estão perfumes e cosméticos (37%), calçados (36%), brinquedos (33%) e acessórios (21%).
Como os consumidores vêem os preços
Metade das pessoas ouvidas pela pesquisa consideram que os preços dos presentes deste ano estão mais caros do que o Natal de 2022. Por isso, 82% pretendem pesquisar os preços antes de comprar, principalmente pela internet.
Apesar disso, 40% dos brasileiros pretendem comprar a mesma quantidade de presentes no Natal de 2023, em comparação a 2022. Já 37% estão prevendo gastar mais, principalmente porque acreditam que os preços estão mais caros e porque querem dar presentes melhores.
Do outro lado, 22% dos brasileiros que compraram presentes no Natal de 2022, 33% justificam que precisam economizar, 30% afirmam estarem apertados e 23% tem outras prioridades de compra.
Entre os que não vão comprar presentes de Natal, 27% dizem não ter dinheiro, 17% não gostam ou não têm o costume, e 15% estão endividados e pretendem dar prioridade ao pagamento de dívidas.
“Esse percentual da população realmente está mostrando um pouco de comprometimento com o seu orçamento e vão dedicar seus recursos para pagar dívidas ao invés de ir às compras. Isso é positivo para aqueles que estão endividados”, afirma Sakamoto.
O levantamento ainda trouxe as principais formas de pagamento dos consumidores para os presentes de Natal, que estão divididas entre Pix (47%), cartão de crédito parcelado (44%), dinheiro (34%) e cartão de débito (31%).
A pesquisa foi realizada com consumidores a partir de 18 anos das 27 capitais brasileiras em outubro de 2023.
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